quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Velhas manias e as propostas de Jesus

Nossas más tendências são os indicadores das imperfeições que ainda nos caracterizam. Acumuladas ao longo de nossas existências, elas se manifestam em nossa maneira de pensar e de sentir, de falar e de agir. Essas tendências negativas identificam o "homem velho" que ainda predomina em nós. Benfeitores Espirituais, que nos trouxeram esses esclarecimentos, afirmam que, enquanto formos imperfeitos, seremos infelizes.
Por outro lado, os ensinamentos de Jesus surgem como uma proposta de renovação íntima. Se desejamos que o Reino dos Céus seja implantado na Terra, é preciso que ele se estabeleça primeiramente no íntimo de cada ser. Mas, ao tentarmos essa reforma íntima, uma verdadeira batalha se estabelece dentro de nós; é o "homem velho" que busca preservar seu próprio espaço de sombras em confronto com o "homem novo" que tenta iluminar esse obscuro mundo interior.
Quando nos dedicamos ao estudo do Evangelho, notamos, em várias passagens, que Jesus, ao nos propor um comportamento diferenciado e renovador, não enfatiza nossa posição particular. Ele não questiona se a razão está do nosso lado, se nos sentimos prejudicados ou magoados, por quanto tempo estivemos adoecidos ou descrentes. Ele simplesmente propõe: se quiser obter a paz, o equilíbrio e a consciência tranquila tente vencer o próprio egoísmo, a vaidade e o orgulho e segue os meus ensinamentos...
Por isso é que o estudo do Evangelho se torna prioridade em nossa vida! Como colocar em prática ensinamentos que não compreendemos? São poucas as casas religiosas que oferecem o estudo do Evangelho, principalmente no que diz respeito aos aspectos morais dos ensinamentos de Jesus. Com o Espiritismo, esses ensinamentos ganham um impulso renovador pois nos mostram a Lei de Causa e Efeito, a Lei da Reencarnação, a Lei do Progresso, entre outras, às quais estamos todos sujeitos. Ensinam os Espíritos Bondosos que colhemos hoje as consequências de nossas ações de ontem mas, igualmente, colheremos amanhã, nessa mesma vida ou nas próximas, aquilo que plantarmos hoje. Sendo assim, o que conseguirmos corrigir em nós, nessa existência, muito nos beneficiará futuramente, aqui ou além.
Mas para estudar o Evangelho é preciso coragem pois a todo instante nos deparamos com aquele "homem velho" que insiste em nos dominar diante do "homem novo" que tenta nos convencer a mudar de comportamento.
Muitas vezes é preciso revisar atitudes, palavras e ações e compará-las com as propostas de Jesus. Reconhecer nossas más tendências é o primeiro passo para começar a combatê-las, sem nenhum complexo de culpa ou de inferioridade. Com uma boa dose de bom humor e de esperanças, podemos fazer esses exercícios.
Na relação abaixo apresentamos, em vermelho, algumas frases que caracterizam nossas velhas manias e, em azul, a proposta correspondente do Evangelho. O curioso é que, na maioria das vezes, a proposta de Jesus se enquadra em qualquer situação infeliz de nossa parte. Caso você conheça mais algumas, escreva-nos contando, combinado?

(Tema apresentado na reunião pública do dia 24 de janeiro de 2011)

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Momentos da vida - oportunidades da alma

Em vários momentos de nossa vida costumamos nos fazer a seguinte pergunta: "Por que isso está acontecendo comigo?"; "Por que estou passando por essa situação?"...
Allan Kardec, o organizador dos ensinamentos dos Benfeitores Espirituais, esclarece que:
 "O Espiritismo dá uma causa justa e um objetivo útil para todas as dores."
Admitindo-se que um dos atributos de Deus é a justiça perfeita, se Ele permitisse um sofrimento não merecido, Ele seria injusto... Com a Doutrina Espírita, aprendemos que todos os sofrimentos e aflições da vida têm uma causa justa porque Deus é justo. E se a causa não estiver no presente, estará certamente em experiências adquiridas em outras existências, das quais não temos recordações na existência atual.
Mas o Espiritismo também nos ensina que todo sofrimento tem um objetivo útil: nosso aprimoramento espiritual. Assim, cada momento de nossa vida é uma oportunidade de nos elevarmos espiritualmente. Com essa nova forma de encarar nossas aflições, ao invés de perguntarmos  "Por que?', devemos nos indagar "Para que?".
Se não nos é possível conhecer as causas anteriores das situações que enfrentamos na atual existência, com o auxílio dos próprios Benfeitores Espirituais podemos aprender a identificar algumas situações e seus correspondentes objetivos.
Vamos fazer um paralelo entre as diversas situações que compõe nossa existência buscando relacionar não o "por que?" (pois a causa é sempre justa) mas sim o "para que?" (pois sempre haverá uma lição a ser apreendida).
Encontramos no livro "Palavras de vida eterna", de autoria do Espírito Emmanuel e psicografado por Francisco Cândido Xavier, uma relação entre algumas situações da vida e a correspondente oportunidade de aprendizado espiritual:





(Tema apresentado na reunião pública do dia 17 de janeiro de 2011)

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

15 de janeiro de 2011 - 150 anos de "O LIVRO DOS MÉDIUNS"


No ano de 1858, Allan Kardec publicou em pequeno manual cujo título era “Instruções práticas sobre as manifestações espíritas”, com o objetivo de auxiliar aqueles que desejassem realizar ou participar de reuniões mediúnicas.
Três anos depois, no dia 15 de janeiro de 1861, esse manual foi substituído, em definitivo, pela segunda obra de Kardec: “O Livro dos Médiuns”. Seu desejo era que os espíritas estudassem mais profundamente o problema mediúnico, não se limitando apenas às informações iniciais daquele pequeno livreto.
No ano seguinte, Kardec fez a revisão de “O Livro dos Médiuns”, contando para isso com a ajuda dos Benfeitores Espirituais, acrescentando um número muito grande de observações e instruções do mais alto interesse para médiuns e doutrinadores. Essa edição revisada tornou-se a definitiva.
Kardec apresentou “O Livro dos Médiuns” como sendo uma continuação de “O Livro dos Espíritos” (publicado em abril de 1857) e também considerado por ele como sendo em grande parte obra dos próprios Espíritos, pois foram eles que fizeram as modificações e revisões. Afirmava que “O Livro dos Médiuns” desenvolve a parte prática do Espiritismo. Por isso mesmo é o livro básico da Ciência Espírita, um tratado de mediunidade indispensável a todos os que se interessam pela boa realização de trabalhos mediúnicos e pelo desenvolvimento das pesquisas espíritas. Na primeira página, ele destaca seu conteúdo:
- “Contém o ensino especial dos Espíritos sobre a teoria de todos os gêneros de manifestações, os meios de comunicação com o Mundo Invisível, o desenvolvimento da mediunidade, as dificuldades e os escolhos que se podem encontrar na prática do Espiritismo.”
A primeira tradução de “O Livro dos Médiuns” no Brasil aconteceu em 1875, feita a partir da 12ª edição francesa.

Entre os vários tradutores das obras de Kardec, um dos mais respeitáveis e confiáveis é o Prof. José Herculano Pires (1914-1979), jornalista e escritor. Sua tradução de “O Livro dos Médiuns” foi feita a partir da segunda edição francesa (a de 1862, conforme citado acima).  As obras de Kardec traduzidas por ele são publicadas pela LAKE (Livraria Allan Kardec Editora). Em seus comentários sobre o livro, ele afirma:
- “Ao contrário do que pensam algumas pessoas mal informadas, ‘O Livro dos Médiuns’ não é um livro antiquado mas um livro atual e, mais ainda do que isso, um livro que rasga novos horizontes para as concepções científicas dos nossos dias.”

No primeiro capítulo da Primeira Parte de "O Livro dos Médiuns" encontramos a seguinte pergunta: "Há espíritos?". Com sabedoria, Allan Kardec inicia o livro a partir da base fundamental da mediunidade: a existência dos espíritos, sua sobrevivência e individualidade após a morte do corpo físico. Para quem não acredita na existência dos espíritos não adianta falar de mediunidade. Para quem acredita, torna-se necessário conhecer a natureza dos espíritos e de que maneira podem se comunicar conosco. 
No vídeo abaixo, produzido pela  TV Mundo Maior sobre "O Livro dos Médiuns", narrado em pequenos trechos, você poderá ouvir os comentários de Kardec sobre essa primeira questão proposta por ele:



(Tema apresentado na reunião pública do dia 10 de janeiro de 2011)