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Agradecemos a todos os que nos dão a alegria de sua visita, ajudando-nos na divulgação da esclarecedora e consoladora mensagem espírita. Rogamos a Deus que a todos ilumine e proteja, com nossos votos de paz e saúde, amor e harmonia, onde quer que estejam...

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Deus é fiel. E nós?...


É comum encontrarmos, aqui e ali, em adesivos exibidos nos veículos ou em muros pela cidade, a frase: “Deus é fiel”. Disso não duvidamos. Um dos atributos de Deus é a imutabilidade: Ele é o mesmo, seja ontem, hoje ou amanhã. Suas leis, igualmente imutáveis, regem todo o Universo em todas as épocas.
Estamos tão habituados à fidelidade divina que nem sequer pensamos sobre isso. Acordamos, cada dia, com a certeza de que o Sol nascerá, de que o dia terá 24 horas, que a Terra continuará girando, que a natureza se encarregará de transformar a semente em fruto, que nosso corpo físico continuará exercendo suas funções, etc, etc...
E nossa fidelidade a Deus? Ela também é necessária?
A vida material, nunca como na atualidade, está repleta de convites sedutores e enganosos para nos preocuparmos com a questão da fidelidade a Deus.
Atualmente, existe um grande desafio para o cristão manter-se fiel aos ensinamentos de Jesus. A visão materialista ainda predomina, ditando as regras do aqui e agora, do vencer a qualquer preço, a atingir metas e mais metas, mesmo que para tanto seja necessário deixar a fidelidade de lado, à margem.
Nos primeiros tempos do Cristianismo, para testemunhar fidelidade a Jesus, os cristãos eram conduzidos às arenas onde seriam devorados pelas feras; ou então, eram queimados vivos, como tochas humanas, para iluminar as festas dos governantes.
Na Idade Média, os cristãos fiéis a Jesus passaram a ser considerados como hereges, por discordarem da autoridade e dos abusos praticados pela própria Igreja; foram condenados à morte na fogueira, pelos mandatários da Igreja dominante, a qual se intitulava representante do Cristo na Terra.
Hoje, para se testemunhar fidelidade a Jesus e aos Seus ensinamentos, os testemunhos são de ordem moral; pedem renúncia e abnegação sem limites em favor do próximo, um combate constante com a sombra interior que ainda nos domina (essa é a fera que devemos domar); o respeito ao próximo e aos seus interesses, mesmo em prejuízo dos nossos; o sacrifício do orgulho, da vaidade, do egoísmo...
A fidelidade só existe quando há o amor verdadeiro entre os seres. Somente os que se amam verdadeiramente, somente quando nossas atividades estão embasadas no amor ao bem, é que se é capaz de manter fidelidade aos ideais superiores propostos por Jesus à Humanidade. Ele nos disse que se O amássemos, guardaríamos os Seus ensinamentos, isto é, manteríamos fidelidade a Ele.
Ainda vacilamos muito sobre essa questão; muitas vezes somos defrontados por essa luta interior, diante dos fortes apelos de ordem material que a vida nos lança.
Assim como contamos, inconscientemente, com a fidelidade divina para conosco, Jesus também conta com nossa fidelidade em relação aos compromissos que a vida nos traz e aqueles que nos comprometemos a assumir. Essa é a pedra angular necessária para manter o equilíbrio em nossa vida e alimentar nossa confiança nos propósitos divinos a nosso respeito.

(Tema apresentado na reunião pública do dia 21 de novembro de 2011)

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

A responsabilidade dos frequentadores das casas espíritas

Sabe-se que o público presente em reuniões espíritas públicas, nas quais normalmente se apresenta uma palestra seguida de passes aos presentes, é de grande rotatividade.
As pessoas buscam as casas espíritas, inicialmente, com um objetivo único: encontrarem a solução para os problemas que as afligem, sejam eles de natureza física e/ou espiritual. A maioria dessas pessoas, ao sentirem que suas aflições se amenizam, após participarem regularmente durante algum tempo às reuniões, afastam-se e não mais retornam (até que outro problema apareça).
Outras, no entanto, embora em número muito menor, tornam-se freqüentadores assíduos, passando até a fazer parte de outras atividades oferecidas pela casa espírita, como as reuniões de estudo, as de assistência social e material aos menos favorecidos, entre outras. Embora não atuem mediunicamente, envolvem-se com as atividades da casa espírita.
As reuniões públicas são de grande importância para a divulgação do Espiritismo. Nesses dias, um grande número de trabalhadores, não apenas os encarnados mas, sobretudo, os desencarnados, atuam em favor dos participantes.
Assim como é dever dos trabalhadores espíritas, nesses dias, uma disciplina maior, para atendimento aos necessitados, num ambiente harmonioso, os freqüentadores das reuniões públicas também têm responsabilidades no bom andamento das atividades desenvolvidas, bem como no ambiente espiritual nesses dias.
Geralmente os freqüentadores, principalmente os iniciantes com pouco ou nenhum conhecimento doutrinário, julgam que a tarefa de assistência espiritual cabe inteiramente aos médiuns, doutrinadores e dirigentes das casas espíritas; aos participantes, cabe apenas aguardar o momento de serem atendidos, sem nenhuma contribuição individual no processo.
Enganam-se os que assim pensam. Uma reunião espírita séria, cujo objetivo principal seja o de assistir espiritualmente os que necessitam, sejam eles encarnados e/ou desencarnados, contando para isso com o auxílio de uma equipe de Bons Espíritos, assemelha-se a um grande concerto musical: os músicos, os instrumentos e o maestro, por melhores e mais capacitados que sejam, nada conseguirão realizar se a platéia for inquieta, indisciplinada, desatenta.
O mesmo acontece nos dias das reuniões espíritas, sobretudo as públicas, as quais reúnem pessoas com interesses tão heterogêneos.
Quando os participantes chegam às reuniões espíritas públicas normalmente recebem uma pequena mensagem para leitura; no ambiente, geralmente uma música suave convida ao recolhimento interior, à prece, à meditação. Mas, tão logo comece a explanação, muitos não conseguem permanecer, durante meia hora, com a atenção voltada ao expositor e ao tema abordado; acabam fechando os olhos e dormindo profundamente... E com essa postura, freqüentam as reuniões por anos, sem se preocuparem com o que acontece ao seu redor, sem oferecerem nada de si aos demais, que talvez necessitem muito mais do que eles mesmos... Tais pessoas não demonstram comprometimento algum, nem com a Doutrina Espírita, nem com a casa espírita que as acolhe, nem com os demais participantes...
Allan Kardec deixou bem claro que a união de intenções só se concretiza quando todos direcionam seus pensamentos para o mesmo alvo; que a oração em conjunto terá resultados notáveis somente quando todos estiverem compenetrados dos mesmos objetivos. Sobre esse assunto, assim ele comenta em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no capítulo 28, item 5:
“Para estarem reunidos em nome de Jesus, não basta a presença material, pois é necessário que o estejam espiritualmente, pela comunhão de intenções e de pensamentos, voltados para o bem. (...) Não é o maior ou menor número que atrai os Espíritos, pois se assim fosse, Ele podia ter dito, em vez de duas ou três pessoas, dez ou vinte, mas o sentimento de caridade que as anima reciprocamente.”
Cabe aos responsáveis por essas reuniões, o esclarecimento aos participantes, para aprenderem que a presença compenetrada e responsável por parte de todos é igualmente importante e fundamental para o bom andamento da assistência espiritual a ser oferecida aos presentes. Embora inicialmente busquem apoio espiritual somente para seus problemas individuais, devem aprender, aos poucos, a orar e meditar igualmente em favor de todos os presentes, nos dois campos da vida. Precisam saber que, apesar de nossas imperfeições, os Bons Espíritos contam com a nossa colaboração para o benefício coletivo, e isso se dá através das boas vibrações que possamos direcionar em favor de todos.
Além disso, em muitos casos, o que essas pessoas necessitam para se sentirem realmente melhores, seja justamente uma participação mais ativa e responsável na casa espírita, buscando esclarecer-ser e melhorar-se!

(Tema apresentado na reunião pública do dia 14 de novembro de 2011)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Doenças e doentes


Nossa postura diante dos desequilíbrios da saúde mostra nossa evolução espiritual.
A visão materialista da vida, que se impõe em seus conceitos em todas as áreas da atividade humana, afirma que depois da morte do corpo não há nada a se esperar; que a vida física nada mais é que um resultado de forças que se conjugam adequadamente; que o objetivo da vida é ser feliz a qualquer custo, não medindo conseqüências para alcançar tal finalidade.
Essa forma de considerar a vida no planeta é responsável por um grande número de desesperados diante da dor física, seja ela passageira ou de natureza crônica. Para muitas, a doença é um castigo de Deus, não encontrando nela nenhum objetivo elevado.
É comum encontrarmos pessoas que se sentem aterrorizadas diante de algumas doenças. Se algum conhecido padece desse mal, assim se referem ao fato: - “Fulano está com ‘aquela’ doença.” Nem sequer pronunciam o nome da doença, com medo de se contagiarem.
Encontramos pessoas que se tomarem conhecimento da doença grave de que são portadoras, entram em desespero, complicando seu tratamento e a vida de quem cuida delas.
Há doentes que se apegam à doença que possuem. Parece antagônico mas, embora digam que se sentem amargurados por estarem doentes, no fundo apegam-se a ela com todas as suas forças. Contam, com detalhes, tudo o que sentem, cada medicamento que tomam, as sensações que eles produzem, o que o médico disse, etc, etc.. Não encontram outro assunto para conversar e geralmente dominam a conversa falando somente sobre a doença e sobre si mesmos...
Há aqueles que adoram ir ao médico, seja de que especialidade for. Perambulam de consultório em consultório, tentando encontrar um desajuste orgânico qualquer, para que possam ocupar o tempo disponível que têm.
Todas essas formas desequilibradas de se encarar os desajustes orgânicos mostram que, além do problema físico, há também um desajuste psicológico.
No entanto, encontramos igualmente inúmeros casos de pessoas que sabem encarar, de maneira positiva, a enfermidade ou as limitações físicas de que são portadoras, distribuindo lições de encorajamento, de paciência e de alegria com a vida! 
O Espiritismo nos dá uma visão muito mais avançada e justa na questão das doenças. Ensinam os Benfeitores Espirituais que o desequilíbrio físico, seja ele passageiro ou não, representa um recurso utilizado pela Justiça Divina para disciplinar nosso Espírito, ainda rebelde e indisciplinado perante os desígnios de Deus.
Com a Doutrina Espírita aprendemos que cada célula do nosso corpo físico está “conectada” à uma célula em nosso corpo espiritual. Assim, quando lesamos nosso corpo físico, geralmente pelos excessos de todo tipo, estaremos, na verdade, lesando nosso corpo espiritual. Da mesma forma, se causamos qualquer tipo de desgaste orgânico em alguém, seja através do trabalho forçado ou de castigos físicos, assumimos um compromisso gravíssimo, vindo a padecer, em vidas futuras, o mesmo mal que causamos à saúde desses nossos irmãos.
Comprometidos negativamente com os prejuízos causados em nosso corpo físico, ou sobre a saúde dos outros, ao reencarnarmos, trazemos esses desajustes inerentes ao nosso corpo espiritual, que, no momento propício irão se manifestar. Seja qual for a causa do desajuste da saúde, ela está sempre ligada à nossa necessidade de correção, auxiliando nosso progresso espiritual.
A visão espírita da vida, do sofrimento e da dor nos confere grande calma e paciência, resignação e coragem diante das preocupações causadas pelas enfermidades, sejam nossas ou naqueles a quem amamos.
Especialmente na questão da saúde, citamos aqui um trecho de “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no capítulo 8, item 20. Trata-se de uma mensagem do Espírito de João Maria Batista Vianney (França, 1786-1859), o digníssimo Cura de Ars (vilarejo no Sul da França). Esse missionário era procurado por inúmeras pessoas que o buscavam para obterem a cura de seus males e, pelo seu imenso amor aos sofredores, muitas foram alcançadas pelo seu intermédio. Mas, nessa mensagem ele assim se refere à questão da saúde física e espiritual:
“Nas vossas aflições voltai sempre os vossos olhos para o céu, e dizei, do fundo do vosso coração: ‘Meu Pai, curai-me, mas fazei que minha alma doente seja curada antes das enfermidades do corpo; que minha carne se eleve para vós com a brancura que possuía quando a criastes’. Após esta prece, meus bons amigos, que o  Bom Deus sempre ouvirá, a força e a coragem vos serão dadas, e talvez também a cura que temerosamente pedistes, como recompensa de vossa abnegação.”

(Tema abordado na reunião pública do dia 31 de outubro de 2011)