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sábado, 28 de janeiro de 2012

Chico Xavier e Isabel de Aragão, a Rainha Santa de Portugal

Médium: Valter Turini
Espírito: Monsenhor Eusébio Sintra

Clique aqui para saber mais sobre esse livro
Quando Chico Xavier tinha 17 anos de idade, ele estava em seu quarto, à noite, orando, de joelhos ao pé da cama. Viu seu quarto iluminar-se e uma senhora, de admirável presença, dirigiu-se a ele falando em castelhano. Mesmo ignorando esse idioma, entendeu perfeitamente o que ela dizia:
- Francisco, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, venho solicitar o seu auxílio em favor dos pobres, nossos irmãos.
Emocionado e em lágrimas, Chico lhe perguntou:
- Senhora, quem sois?
Ela lhe respondeu:
- Você não se lembra agora de mim; no entanto, sou Isabel, Isabel de Aragão.
Chico não conhecia nenhuma senhora com esse nome e estranhou o que ela lhe dizia; no entanto, uma força o continha, calando qualquer comentário. Perguntou então:
- Senhora, sou pobre e nada tenho para dar. Que auxílio poderei prestar aos mais pobres do que eu mesmo?
Ela esclareceu com doçura:
- Você nos auxiliará a repartir pães com os necessitados.
E Chico argumentou com pesar:
- Senhora, quase sempre, não tenho pão para mim. Como poderei repartir pães com os outros?
A senhora sorriu e esclareceu:
- Chegará o tempo em que você disporá de recursos. Você vai escrever para as nossas gentes peninsulares e, trabalhando por Jesus, não poderá receber vantagem material alguma pelas páginas que produzir, mas vamos providenciar para que os Mensageiros do Bem lhe tragam recursos para iniciar a tarefa. Confiemos na bondade do Senhor.
Chico passou as duas semanas seguintes sem entender o significado de “gentes peninsulares” e sem saber quem teria sido Isabel de Aragão. Uma noite, após suas preces, surge-lhe um Espírito que se identificou como Fernão Mendes, dizendo que havia sido, no século XIV, confessor de Isabel, a Rainha Santa de Portugal (1270-1336). Explicou-lhe o significado de “gentes peninsulares”, como sendo os habitantes da península européia; também lhe disse que, por recomendação dela, não lhe faltariam recursos para a distribuição de pães aos necessitados.
No primeiro sábado após essa ocorrência, Chico e sua irmã Luíza foram até uma ponte onde se refugiavam alguns indigentes. Levavam para eles um cesto com apenas oito pães que repartiram entre todos. Foi assim que ele iniciou essa tarefa em Pedro Leopoldo-MG, que durou de 1927 a 1958. Em janeiro de 1959 Chico mudou-se para Uberaba. Sua casa ficava vizinha de três núcleos de favelas. A distribuição de pães foi novamente retomada, atendendo àquelas comunidades carentes, todos os sábados, chegando a distribuir em torno de 1.500 pães por semana.
(Livro: Chico Xavier e Isabel, a Rainha Santa de Portugal – autor: Eduardo C. Monteiro)

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O vídeo abaixo mostra onde e como acontecia a distribuição de pães em Uberaba, MG:

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Questões irritantes


Qual o tipo de assunto que deve ser conversado nos instantes que antecedem as reuniões espíritas? Se a resposta pode ser demais abrangente, façamos a mesma pergunta na negativa: qual o tipo de conversa que não se deve abordar nos grupos espíritas?
Enganam-se aqueles que pensam que as orientações de Allan Kardec se aplicam somente para os que se declaram espíritas e/ou os que se afirmam médiuns.
Sem dúvida que muitas de suas orientações são dirigidas especificamente a uns e outros, mas há igualmente, inúmeros ensinamentos que se aplicam, sobretudo, aos freqüentadores de grupos espíritas, sejam estes dedicados trabalhadores no campo da mediunidade ou apenas simpatizantes.
Há uma situação que Kardec apresentou como muito perigosa: é quando o grupo se entrega às discussões acaloradas sobre temas que não são pertinentes à Doutrina. Ele chamou esses temas de “questões irritantes” e deixa bem claro que a manutenção de um ambiente harmonizado é de responsabilidade de todos os participantes das reuniões espíritas. Essas orientações foram direcionadas aos espíritas de Lyon (França), no ano de 1862, publicadas por Kardec em sua Revista Espírita, em fevereiro do mesmo ano. Disse ele sobre essa prática que, infelizmente, é mais comum do que pensa, nos meios espíritas:
“Devo ainda assinalar-vos outra tática dos nossos adversários: a de procurar comprometer os espíritas, induzindo-os a se afastarem do verdadeiro objetivo da Doutrina, que é o da moral, para abordarem questões que não são de sua alçada e que, a justo título, poderiam despertar susceptibilidades e desconfianças. Também não vos deixeis cair neste laço. Em vossas reuniões afastai cuidadosamente tudo quanto se refere à política e às questões irritantes.”
Muitos participantes de grupos espíritas encontram-se somente nos dias das reuniões e acabam aproveitando os instantes anteriores ao início das atividades para colocar “a conversa em dia”. Formam-se, assim, as inevitáveis “panelinhas”, cada qual tratando do que interessa aos seus componentes.
O problema não é o reencontro em si, nem as demonstrações carinhosas de amizade que se trocam, mas sim o que se conversa nesses momentos. Kardec citou, como exemplo, a política, um tema inconveniente para se discutir num grupo espírita. E poderemos acrescentar uma lista de outros temas considerados igualmente inconvenientes: desentendimentos no trânsito, custo de vida, dores físicas variadas, descasos na área da saúde, da segurança, da educação, direitos não respeitados, criminalidade, violência, críticas à obras públicas, corrupção, etc...
Além de causar um grande desconforto, pode gerar um clima de desconfiança entre todos, já que não se sabe, ao fundo, a opinião de cada um sobre esses assuntos. Sem contar o declínio das vibrações de natureza espiritual, comprometendo o andamento dos trabalhos mediúnicos que virão a seguir.
Certamente que esses assuntos são importantes para o bem estar da sociedade como um todo mas sua abordagem é perigosa quando feita num ambiente tão diferenciado, espiritualmente falando, como é o de uma casa espírita.
Essas orientações não se aplicam apenas aos freqüentadores de casas espíritas. Em qualquer ambiente onde nos encontremos, seja no lar, no trabalho, no meio social, discussões em torno de questões polêmicas desequilibram sobremaneira o ambiente, podendo gerar até inimizades.
O Benfeitor Espiritual Emmanuel afirma: basta que dediquemos a um acontecimento infeliz mais tempo que o mesmo mereça, para que entremos em sintonia com as mesmas vibrações desequilibradas que o envolvem. Sendo assim, a que risco nos expomos quando nos deixamos empolgar por comentários deprimentes em torno de questões inquietantes e perturbadoras.
O próprio Kardec foi duramente criticado por freqüentadores da Sociedade Espírita de Paris, que se sentiam incomodados pelo excesso de zelo com que ele conduzia as reuniões. Sabendo, por experiência própria, desses entraves no meio espírita, deixou uma recomendação importantíssima aos espíritas de Lyon, que continua válida atualmente:
“Procurai no Espiritismo aquilo que vos pode melhorar. Eis o essencial.”
Tais considerações não significam que não se deva manter um diálogo amigo entre os freqüentadores dos grupos espíritas. O problema é que o compromisso do grupo espírita não se restringe aos participantes encarnados mas, igualmente, com os desencarnados e, sabendo que os perturbadores são sempre em maior número, maior ainda se torna a necessidade de grande vigilância no emprego da palavra falada.
Com esse propósito é que o Apóstolo Paulo advertiu, em sua carta a Tito (Cap. 2, vers. 1) : “Tu, porém, fala o que convém à sã doutrina”.
Aproveitemos os momentos em que estamos entre amigos nos grupos espíritas para abordarmos aqueles temas que nos engrandeçam a alma, que nos elevem a confiança e a esperança, que nos auxiliem a apreciar a bondade divina e a beleza da criação!
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Caso tenha interesse em ver o texto completo sobre as orientações de Kardec aos espíritas de Lyon, clique aqui.

(Tema abordado na reunião pública do dia 16 de janeiro de 2012)

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Médium: apenas um intermediário


Médiuns e mediunidade não são propriedades do Espiritismo. A mediunidade é uma faculdade inerente à natureza humana e desde que surgiram os primeiros seres humanos há médiuns. Ao longo de sua evolução, o ser humano sempre buscou uma forma de estabelecer contato com o mundo extracorpóreo, fosse como fosse a maneira como isso acontecia ou o nome dado a esse mundo além do campo físico.
Aqueles que portavam o “dom” de estabelecer contato com o mundo extracorpóreo foram designados pelos mais diversos nomes e, em muitas civilizações, considerados como seres especiais. Eram isolados da vida em sociedade, gozando de prestígio e privilégios.
No entanto, médiuns e mediunidade passaram a ser estudados e analisados com critério científico somente com o advento do Espiritismo, através das observações e investigações de Allan Kardec.
Na atualidade, não é somente na literatura espírita que se encontram livros falando sobre esses temas, que a cada dia mais e mais atrai a atenção das pessoas; mas é importante frisar que seus autores não estão, necessariamente, comprometidos com a Doutrina Espírita.
Porém, somente a literatura espírita oferece os ensinamentos mais seguros a respeito. E, mesmo entre os livros espíritas, nenhum deles suplanta a obra “O Livro dos Médiuns”, elaborada por Allan Kardec com base em todos os seus estudos sobre o assunto.
Há obras complementares que merecem ser estudadas mas para isso é preciso conhecer igualmente a seriedade e o comprometimento de seus autores com a própria Doutrina Espírita.
Um deles que merece respeito é Hermínio C. Miranda, um dos principais pesquisadores e escritores espíritas da atualidade. Dialogando por décadas com espíritos, as suas obras relatam vivências, fatos e fenômenos reais.
É natural de Volta Redonda, RJ. Nascido em 5 de janeiro de 1920, formou-se em Ciências Contábeis, trabalhando na Companhia Siderúrgica Nacional até se aposentar.
Autor de mais de quarenta livros, seus direitos autorais sempre foram cedidos à entidades filantrópicas.
Suas obras apresentam quatro eixos temáticos: cristianismo, mediunidade, regressão de memória e reencarnação.
Um de seus livros clássicos na literatura espírita é “Diálogo com as sombras”. Este é um livro destinado aos que desejam entender o processo de comunicação com nossos irmãos do Plano Espiritual. Se o leitor participa de sessões mediúnicas, seja qual for a sua função no trabalho de assistência aos Espíritos desencarnados, nelas atendidos, a leitura desde livro será de grande utilidade. Depois de analisar encarnados e desencarnados no que tange às suas emoções, o autor sugere técnicas e recursos, baseado em atendimentos dos quais participou, descrevendo o desenvolvimento do diálogo entre comunicante e esclarecedor.
Diferentemente da concepção de que o médium é alguém que recebeu um “dom”especial, nesse livro ele afirma que:
“O médium foi distinguido com o recurso da mediunidade para produzir mais, para apressar ou abreviar o resgate de suas faltas passadas.
Logo nos primeiros capítulos ele trata do médium como sendo uma pessoa comum. Diz ele:
"Allan Kardec assim definiu o médium: 'pessoa que pode servir de intermediário entre os Espíritos e os homens' (Livro dos Médiuns, cap. 32).  Por essa definição, vemos que o médium é uma pessoa, isto é, um ser encarnado, sujeito, por conseguinte, às imperfeições e mazelas que nos afligem a todos e, portanto, tão propenso à queda quanto qualquer um de nós, ou talvez mais ainda, porque sua capacidade de sintonizar-se com os desencarnados o expõe a um grau mais elevado de influenciação.
Nada de pânico, porém. O fato de ser uma pessoa dotada de antenas psíquicas, que a põem em relação com o mundo espiritual, quer deseje ou não, não significa que esteja à mercê dos companheiros das sombras, a não ser que ela própria deixe cair suas guardas. Ela contará sempre com a proteção carinhosa e atenta de seus guias, daqueles que estão interessados no seu progresso espiritual.
Procure manter um bom clima mental. Estude, leia, viva com simplicidade, vigie seus sentimentos, como qualquer um de nós. Participe da luta diária, enfrente os problemas da existência: profissionais, familiares, sociais, humanos, enfim. Não lhe faltarão recursos, assistência, informações e, acima de tudo, trabalho mediúnico, que é da essência mesma do seu compromisso.
Não tema, mas não seja temerário. Não deixe de estudar suas faculdades, mas não se envaideça do que aprendeu nem dos recursos que conseguiu desenvolver. Na hora da tarefa, é um simples trabalhador, como qualquer outro: nem melhor, nem pior, nem inferior, nem superior."
Considerando que sua concepção de médium e mediunidade estão de acordo com os ensinamentos propostos pelos Benfeitores Espirituais e, aproveitando o início de um novo ano, época em que nos propomos à várias mudanças em nossa vida, acreditamos ser igualmente o momento de abraçarmos a oportunidade que recebemos, através da mediunidade, de buscar, pelo seu estudo e exercício, nos tornarmos pessoas melhores.

(Tema abordado na reunião pública do dia 9 de janeiro de 2012)