Ainda trazemos em nós o conceito de que para "fazer caridade" é preciso ter dinheiro e/ou bens materiais e, com isso, muitas pessoas se sentem desencorajadas ou até mesmo envergonhadas por nada terem ou por terem muito pouco, segundo pensam, para dar a alguém. Há aqui um grande equívoco. Dar bens materiais a alguém é beneficência, já que alguém será beneficiado com aquilo que receber. Já a caridade, tão salientada por Jesus, significa amor em ação. Podemos dar algo a alguém sem nenhuma caridade no gesto praticado. Assim como podemos doar algo de nós mesmos a alguém sem termos nada de material para oferecer. Portanto, nosso desafio maior está em aprendermos a exercer a caridade, conforme nos ensinou Jesus.
Talvez por uma questão cultural, ou até mesmo por uma formação religiosa mal conduzida, quando não temos nada de material para dar a alguém que necessita mais do que nós mesmos, sentimo-nos constrangidos e deixamos passar a oportunidade de fazer algo por esse alguém. Recordando as palavras da nobreza espiritual de Madre Tereza de Calcutá: "Não importa o que você faz e nem quanto você faz; o que importa é quanto de amor você coloca naquilo que faz."
Francisco Cândido Xavier, que conheceu de perto a pobreza e a penúria, a dor física e moral, nos deixou vários exemplos de doação de si mesmo quando não tinha sequer um pedaço de pão para oferecer a algum necessitado.
Seu rítmo de vida sempre foi intenso, dividindo-se ele entre o trabalho como escriturário na Fazenda Modelo, os cuidados com a família numerosa, as reuniões e atendimentos no Centro Espírita, a psicografia dos livros durante a madrugada. Mas tantas ocupações e responsabilidades não o impediam de buscar, pessoalmente, pelos mais necessitados.
Entre os muitos exemplos que ele nos deixou, fica difícil identificar em qual aspecto eles foram mais grandiosos: se no aspecto mediúnico ou no aspecto humano.
Para ilustrar o tema, relatamos o caso a seguir, extraído do livro "As vidas de Chico Xavier" de autoria do jornalista Marcel Souto Maior.
"Quando ainda moravaem Pedro Leopoldo , MG, todos os sábados, ele e alguns amigos visitavam famílias que moravam embaixo de uma ponte. Levavam roupas e alimentos e aproveitavam, nesses encontros, para comentar o Evangelho.
Mas houve um diaem que Chico não tinha nada para levar; sem nenhum donativo possível, só poderia levar água fluidificada. Ele sabia que aquelas famílias ficavam esperando pelo pão de toda semana e estava pensando em faltar do compromisso daquela vez. Porém, o Espírito Emmanuel, seu protetor, lhe apareceu e recomendou que ele fosse mesmo assim senão as pessoas ficariam muito frustradas.
Pensando no assunto, sem saber o que fazer, Chico viu surgir, acima da porta de seu quarto, uma frase resplandecente com as seguintes palavras: “Não vos deixarei órfãos...”.
Encorajado, foi até a ponte com o grupo de amigos e, desconcertado, explicou para aquela gente sofrida que naquele dia só tinha água para oferecer. Os necessitados, tentando amenizar seu constrangimento, estenderam uma toalha sobre uma laje de cimento para colocar os copos e a água, preparando-se para as preces.
De repente, um senhor apareceu perguntando por Chico Xavier. Ele vinha de Belo Horizonte, a mando de um casal de amigos ricos que havia mandado donativos para o Chico. O caminhão com os mantimentos estava parado na estrada e ele queria saber onde poderia descarregar! Foi uma festa! Sobraram mantimentos até para uma favela vizinha!"
Da mesma forma que Chico Xavier era considerado como ponto de referência na prática da legítima caridade, possamos nós também, num futuro não muito distante, nos transformarmos em servidores úteis na imensa seara de trabalho de Nosso Senhor Jesus! Podemos começar já, agora mesmo, rogando a Jesus nos conceda a coragem de sermos úteis, disputando somente o privilégio de servir!
Obs: As fotos são das décadas de 1960-1970 e estão disponíveis no endereço www.uai.com.br
Seu rítmo de vida sempre foi intenso, dividindo-se ele entre o trabalho como escriturário na Fazenda Modelo, os cuidados com a família numerosa, as reuniões e atendimentos no Centro Espírita, a psicografia dos livros durante a madrugada. Mas tantas ocupações e responsabilidades não o impediam de buscar, pessoalmente, pelos mais necessitados.
Entre os muitos exemplos que ele nos deixou, fica difícil identificar em qual aspecto eles foram mais grandiosos: se no aspecto mediúnico ou no aspecto humano.
Para ilustrar o tema, relatamos o caso a seguir, extraído do livro "As vidas de Chico Xavier" de autoria do jornalista Marcel Souto Maior.
"Quando ainda morava
Mas houve um dia
Pensando no assunto, sem saber o que fazer, Chico viu surgir, acima da porta de seu quarto, uma frase resplandecente com as seguintes palavras: “Não vos deixarei órfãos...”.
Encorajado, foi até a ponte com o grupo de amigos e, desconcertado, explicou para aquela gente sofrida que naquele dia só tinha água para oferecer. Os necessitados, tentando amenizar seu constrangimento, estenderam uma toalha sobre uma laje de cimento para colocar os copos e a água, preparando-se para as preces.
De repente, um senhor apareceu perguntando por Chico Xavier. Ele vinha de Belo Horizonte, a mando de um casal de amigos ricos que havia mandado donativos para o Chico. O caminhão com os mantimentos estava parado na estrada e ele queria saber onde poderia descarregar! Foi uma festa! Sobraram mantimentos até para uma favela vizinha!"
Da mesma forma que Chico Xavier era considerado como ponto de referência na prática da legítima caridade, possamos nós também, num futuro não muito distante, nos transformarmos em servidores úteis na imensa seara de trabalho de Nosso Senhor Jesus! Podemos começar já, agora mesmo, rogando a Jesus nos conceda a coragem de sermos úteis, disputando somente o privilégio de servir!
Obs: As fotos são das décadas de 1960-1970 e estão disponíveis no endereço www.uai.com.br
(Tema apresentado na reunião pública de 13 de dezembro de 2010)
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