Ruínas em Cafarnaum - "A cidade de Jesus" |
Os evangelhos de Mateus, Marcos e Lucas narram uma passagem na qual Jesus cura um paralítico de forma diferenciada. O fato ocorreu na cidade de Cafarnaum, localizada na Galiléia, ao norte de Israel, às margens do grande Lago de Genesaré (ou Mar da Galiléia, como é conhecido).
Cafarnaum era um vilarejo muito pobre, mas bem organizado. Passou a ser chamada de "a cidade de Jesus" pois foi nessa localidade que ele passou a viver, depois de ter saído de Nazaré, onde vivia sua família. Mas, é o evangelho de Marcos (Capítulo 2, versículos 1 a 12) que traz uma narrativa bastante pitoresca na forma pela qual esse paralítico conseguiu se aproximar de Jesus. Vamos reproduzir esse trecho, mantendo fidelidade à narrativa:
"Alguns dias depois, Jesus entrou novamente em Cafarnaum, e souberam que Ele estava em casa. Reuniu-se uma tal multidão, que não podiam encontrar lugar nem mesmo junto à porta. E Ele os instruía. Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não pudessem apresentar-lho por causa da multidão, descobriram o teto por cima do lugar onde Jesus se achava e por uma abertura desceram o leito em que jazia o paralítico. Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: 'Filho, perdoados te são os pecados'. Ora, estavam ali sentados alguns escribas, que diziam uns aos outros: 'Como pode este homem falar assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?'. Mas Jesus, penetrando logo com seu espírito nos seus íntimos pensamentos, disse-lhes: 'Por que pensais isto nos vossos corações? Que é mais fácil - dizer ao paralítico: Os pecados te são perdoados, - ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? Ora, para que conheçais o poder concedido ao Filho do homem sobre a terra, (disse ao paralítico): 'Eu te ordeno, levanta-te, toma o teu leito e vai para casa.' No mesmo instante, ele se levantou e tomando o leito, foi-se embora à vista de todos. A multidão inteira encheu-se de profunda admiração e puseram-se a louvar a Deus, dizendo: nunca vimos coisa semelhante."
Disponivel em www.blog.cancaonova.com |
Nos tempos de Jesus, as casas tinham um padrão muito diferente do que encontramos nos dias de hoje. Os tetos eram feitos com travessas de madeira (ou cipó) para sustentar a laje feita de terra empastada com palha. Esse tipo de teto assegurava um ambiente fresco e agradável.
Durante o dia, Jesus peregrinava por aquela região, subindo e descendo morros, debaixo de sol, poeira, chuva... À noite, costumava ficar na casa de Simão Pedro e, eram nesses momentos de intimidade familiar, que Ele ensinava, dialogava, esclarecia. Com a sua fama se espalhando pelas aldeias, esses encontros começaram a atrair muitas pessoas, que se aglomeravam ao redor da casa de Pedro, na tentativa de ver e ouvir Jesus e, talvez, obter alguma graça especial... Alguns ali se encontravam movidos apenas pela curiosidade...
Reuniu-se uma tal multidão, que não podiam encontrar lugar nem mesmo junto à porta.
Reuniu-se uma tal multidão, que não podiam encontrar lugar nem mesmo junto à porta.
Naquela noite, ao chegar na casa de Simão Pedro, o paralítico, carregado por quatro amigos, percebeu que não seria fácil entrar. Uma multidão impedia a passagem de qualquer pessoa e ninguém mostrou disposição para ceder seu lugar. Assim somos nós quando nos aproximamos da mensagem consoladora de Jesus e das bençãos que ela nos proporciona. Acreditamos que nossa dor é maior que a dos outros, que nosso problema tem mais urgência que os demais, não cedemos aos outros a mesma oportunidade; queremos Jesus somente para nós mesmos, não dividimos com outros as bençãos recebidas... Até na dor, nosso comportamento é egoísta...
Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não pudessem apresentar-lho por causa da multidão, descobriram o teto por cima do lugar onde Jesus se achava e por uma abertura desceram o leito em que jazia o paralítico.
Em muitas momentos de nossa vida, ficamos paralisados pela dor, seja ela física e/ou moral. Por mais que queiramos, não conseguimos sair, sozinhos, de tal postura. Nesses momentos precisamos recorrer àqueles que são mais fortes que nós, moral e espiritualmente. Assim como o paralítico era carregado por pessoas que possivelmente eram seus amigos, também nós, desde que queiramos, também teremos aqueles que estarão dispostos a nos auxiliar, a nos aproximar das bençãos divinas. Se não contarmos com amigos no plano físico, temos nossos amigos espirituais, especialmente nosso Espírito Protetor.
Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: 'Filho, perdoados te são os pecados'. Ora, estavam ali sentados alguns escribas, que diziam uns aos outros: 'Como pode este homem falar assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?'
Quando o paralítico se aproximou de Jesus, certamente esperava, assim como todos os presentes, que fosse curado da paralisia. Ninguém esperava por aquelas palavras que Jesus lhe dirigiu. A palavra pecado tem uma conotação muito negativa. Ela é pouco empregada no meio espírita. No Espiritismo aprendemos que Deus é amor, o qual equilibra e harmoniza a vida. Cada vez que, por atos, palavras e pensamentos rompemos essa harmonia, necessitaremos de um processo de reajuste, o qual se dá através da dor e do sofrimento. Jesus conhecia a trajetória espiritual daquele homem e sabia que ele já havia sofrido o bastante para ressarcir seus erros, tivessem eles acontecido naquela mesma vida, ou em existências anteriores. Esse motivo, aliado à fé que o doente apresentava, é que possibilitou sua cura.
Trouxeram-lhe um paralítico, carregado por quatro homens. Como não pudessem apresentar-lho por causa da multidão, descobriram o teto por cima do lugar onde Jesus se achava e por uma abertura desceram o leito em que jazia o paralítico.
Em muitas momentos de nossa vida, ficamos paralisados pela dor, seja ela física e/ou moral. Por mais que queiramos, não conseguimos sair, sozinhos, de tal postura. Nesses momentos precisamos recorrer àqueles que são mais fortes que nós, moral e espiritualmente. Assim como o paralítico era carregado por pessoas que possivelmente eram seus amigos, também nós, desde que queiramos, também teremos aqueles que estarão dispostos a nos auxiliar, a nos aproximar das bençãos divinas. Se não contarmos com amigos no plano físico, temos nossos amigos espirituais, especialmente nosso Espírito Protetor.
Jesus, vendo-lhes a fé, disse ao paralítico: 'Filho, perdoados te são os pecados'. Ora, estavam ali sentados alguns escribas, que diziam uns aos outros: 'Como pode este homem falar assim? Ele blasfema. Quem pode perdoar pecados senão Deus?'
Quando o paralítico se aproximou de Jesus, certamente esperava, assim como todos os presentes, que fosse curado da paralisia. Ninguém esperava por aquelas palavras que Jesus lhe dirigiu. A palavra pecado tem uma conotação muito negativa. Ela é pouco empregada no meio espírita. No Espiritismo aprendemos que Deus é amor, o qual equilibra e harmoniza a vida. Cada vez que, por atos, palavras e pensamentos rompemos essa harmonia, necessitaremos de um processo de reajuste, o qual se dá através da dor e do sofrimento. Jesus conhecia a trajetória espiritual daquele homem e sabia que ele já havia sofrido o bastante para ressarcir seus erros, tivessem eles acontecido naquela mesma vida, ou em existências anteriores. Esse motivo, aliado à fé que o doente apresentava, é que possibilitou sua cura.
Mas Jesus, penetrando logo com seu espírito nos seus íntimos pensamentos, disse-lhes: 'Por que pensais isto nos vossos corações? Que é mais fácil - dizer ao paralítico: Os pecados te são perdoados, - ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda?
Os escribas e fariseus não viam com bons olhos os ensinamentos de Jesus. Conhecendo as intenções maldosas que os moviam, Jesus responde à pergunta que fizeram com duas proposições, sendo que nenhuma delas é mais fácil que a outra. Somente um ser com a autoridade moral e espiritual como Jesus é que poderia fazer as duas coisas: liberar o paralítico de seu processo de reajuste e curá-lo.
Ora, para que conheçais o poder concedido ao Filho do homem sobre a terra, (disse ao paralítico): 'Eu te ordeno, levanta-te, toma o teu leito e vai para casa.' No mesmo instante, ele se levantou e tomando o leito, foi-se embora à vista de todos.
Após receber a cura, Jesus não ordenou ao paralítico que fosse descansar, ou passear, ou se distrair; disse que voltasse para os seus, que retomasse as tarefas que lhe cabiam, que abraçasse as responsabilidades que o aguardavam entre os seus familiares.
Certamente, ao longo de nossa jornada evolutiva, encontraremos muitos obstáculos e dificuldades para nosso encontro com Jesus. No entanto, poderemos contar sempre com o apoio de amigos espirituais, os quais não faltarão se realmente estivermos dispostos a vencer todas essas dificuldades. Essa passagem também nos ensina que, após conquistarmos a benção de nosso equilíbrio físico e espiritual, novas tarefas certamente estarão aguardando por nós!
(Tema abordado na reunião pública do dia 9 de maio de 2011)
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