Livro: Vereda familiar - Médium: J. Raul Teixeira |
São poucas as referências à presença da mulher nos tempos de Jesus. Algumas sequer têm o próprio nome citado. Compreende-se essa situação quando se considera que a sociedade de então era extremamente machista, destacando-se somente os feitos masculinos, sendo a mulher relegada a um plano inferior.
As poucas passagens onde a mulher
aparece permitem que sejam identificadas pela situação em que se deu seu
encontro com Jesus:
- Maria, mãe de Jesus: Maria não era
seu nome; em hebraico, Maria significa senhora.
- Maria, mãe de Tiago Menor.
- Salomé: mãe de João e Tiago Maior,
primos de Jesus.
- Joana: esposa de Cuza, procurador
de Herodes. Terminou seus dias em grande miséria, morrendo na fogueira por ser
cristã, juntamente com seu filho, em Roma.
- Marta e Maria: irmãs de Lázaro.
Jesus se hospedou várias vezes na casa desses irmãos, em Betânia, próximo a
Jerusalém.
- Maria Madalena: considerada
erroneamente como prostituta, foi discípula de Jesus. Terminou seus dias
auxiliando os leprosos.
E as anônimas:
- A mulher samaritana: é abordada
por Jesus, no poço de Jacó, na Samaria.
- A viúva de Naim: Jesus devolve a
vida ao seu filho, considerado morto.
- A adúltera: Jesus foi o único que
não a condenou, dizendo aos que a acusavam para que atirassem a primeira pedra
quem estivesse sem pecado.
- A hemorroísa: Jesus a curou de
hemorragia que a afligia por doze anos.
- A pecadora: lavou os pés de Jesus
com perfume e enxugou com os próprios cabelos.
- A mulher de Tiro-Sidon: rogou a
Jesus as migalhas de seus ensinamentos.
- A filha de Jairo: Jesus a atendeu
dizendo aos pais que ela não estava morta, mas desnutrida, recomendando que
dessem alimento a ela.
- A sogra de Pedro: foi curada por
Jesus de um forte estado febril.
Certamente não foram somente essas
que Jesus socorreu. Mulheres desorientadas, mães aflitas, viúvas desamparadas,
meninas órfãs, devem ter procurado refúgio, consolo e orientação de Jesus;
muitas passaram a seguir seus ensinamentos sem abandonarem os próprios
compromissos familiares, sofrendo em silêncio a incompreensão alheia.
Os Evangelhos afirmam que muitas
mulheres seguiam Jesus em suas andanças pela Galiléia e auxiliavam com seus
recursos a comprar mantimentos para auxílio aos necessitados.
Por compreender profundamente a
psicologia feminina, os sofrimentos e humilhações a que estavam sujeitas na
época, a ânsia por uma vida mais espiritualizada, Jesus as encantava. Por isso,
pais e maridos consideravam que Jesus as havia enfeitiçado e derramavam sua
indignação e seu ódio contra Ele. Essas mulheres amavam Jesus por ser Ele o
único que compreendia a alma feminina e as orientava com amor e sabedoria. Tudo
sofreram e suportaram para poder segui-Lo até o fim de seus dias.
Os homens daqueles tempos
consideravam aquelas mulheres como perturbadas ou loucas. Os Evangelhos dizem
que Jesus expulsou espíritos malignos de muitas delas.
Hoje, com os ensinamentos espíritas,
compreende-se que eram possuidoras de mediunidade. Jesus as auxiliou,
libertando-as dos Espíritos inferiores que as assediavam e oferecendo, ao mesmo
tempo, o caminho libertador pela prática constante do amor ao próximo e da
confiança em Deus. Grande era o alívio que sentiam, entusiasmando-se para
seguir os ensinamentos do Mestre Amado.
Ao longo dos séculos vindouros,
talvez essas mesmas mulheres tenham renascido com a tarefa de continuarem
colaborando na extensão do Cristianismo, sofrendo mais rudes provas e
humilhações, ao ponto de a própria Igreja questionar se a mulher tinha alma!
Encontramos hoje, nas casas espíritas, um número muito maior de mulheres atuando mediunicamente do que de homens. Espírito dotado de maior sensibilidade, mais facilmente pode atuar como intermediária entre o mundo material e o mundo espiritual. Dotada de grande intuição, pela própria tarefa da maternidade que lhe foi confiada, dedica-se hoje, com mais liberdade, à propagação do Evangelho, podendo proclamar sem medo de represálias, seu imenso amor a Jesus.
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Os vídeos abaixo mostram a entrevista do Prof. Severino Celestino, espírita e estudioso do Evangelho, abordando o tema "Jesus e as mulheres", no programa "Transição":
* Primeira parte
Encontramos hoje, nas casas espíritas, um número muito maior de mulheres atuando mediunicamente do que de homens. Espírito dotado de maior sensibilidade, mais facilmente pode atuar como intermediária entre o mundo material e o mundo espiritual. Dotada de grande intuição, pela própria tarefa da maternidade que lhe foi confiada, dedica-se hoje, com mais liberdade, à propagação do Evangelho, podendo proclamar sem medo de represálias, seu imenso amor a Jesus.
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Os vídeos abaixo mostram a entrevista do Prof. Severino Celestino, espírita e estudioso do Evangelho, abordando o tema "Jesus e as mulheres", no programa "Transição":
* Primeira parte
* Segunda parte:
(Tema abordado na reunião pública do dia 12 de março de 2012)
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