quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Somos nós mesmos que planejamos nossas experiências antes de reencarnar?



Já ouvimos várias pessoas se expressarem dessa forma: "eu não quero nascer de novo! já sofro tanto nessa vida, por que iria querer ter outra?". Ou então: "Se fui eu mesmo que escolhi, você acha que teria escolhido passar pelo que estou passando?".
Quer acreditemos ou não, quer aceitemos ou não, a reencarnação é uma lei natural a qual todos estamos sujeitos. Fomos criados simples e ignorantes, como afirmaram os Espíritos a Allan Kardec, necessitando passar por várias existências no campo físico para mais rapidamente atingirmos nosso aperfeiçoamento moral, espiritual e intelectual. Não haveria progresso se não tivéssemos as oportunidades das múltiplas existências.
No livro "Missionários da Luz" de autoria do Espírito André Luiz e psicografia de Francisco Cândido Xavier, nos capítulos de 12 a 15, encontramos preciosas informações a respeito do planejamento de uma nova existência de um espírito que já era portador de méritos e conhecimentos, permitindo assim que ele recebesse a assistência direta de benfeitores espirituais par a o ajudarem a escolher com sabedoria, conforme suas necessidades futuras. Além desse caso, muitos outros ensinamentos são ali encontrados a respeito desse tema, incluindo a dolorosa situação de um espírito reencarnante cuja futura mãe praticou o aborto.
Para que nosso conhecimento sobre o assunto fique melhor fundamentado, analisemos as orientações de Allan Kardec, em sua obra "O Evangelho segundo o Espíritismo", no Capítulo 5-"As aflições da vida": quando o espírito reencarnante já possui conhecimentos da realidade espiritual e tem méritos adquiridos, pode planejar as experiências de que necessita para uma futura reencarnação. Porém, quando o espírito apresenta um estado de inconsciência de sua situação e de suas necessidades, são os benfeitores espirituais que determinam as provas pelas quais terá que passar, de modo a se ajustar com as leis divinas.
Devemos considerar que as experiências pelas quais todos passamos aqui na Terra não representam um castigo para nosso espírito mas sim, oportunidades de que necessitamos para nos ajustarmos às leis divinas. Não podemos considerá-las como punições, já que Deus não pune nem castiga ninguém! Sua Misericórdia se expressa permitindo ao infrator novas oportunidades para que se ajuste, para que refaça o que fez mal feito.
Para sabermos se uma experiência pela qual passamos foi fruto de nossa própria escolha ou se nos foi imposta (não como castigo mas porque não tínhamos condições de auxiliar na escolha) basta que analisemos nosso próprio comportamento diante do sofrimento.
Se aceitamos nossas dificuldades com resignação e confiança em Deus, sabendo que aquilo, no momento, é o melhor para nós; que, se Deus é justo, aquelas dores serão igualmente justas; que estamos no meio onde encontraremos as melhores condições para evoluirmos espiritual, moral e mentalmente, então, isso significa que auxiliamos na escolha dessas provas, que as aceitamos como necessárias ao nosso progresso espiritual, que teríamos condições de suportá-las e de sairmos vitoriosos!
No entanto, quando nos revoltamos contra nossas dificuldades, quando nos colocamos na posição de vítimas, sentindo como se tudo e todos estivessem contra nós, quando nos entregamos ao desânimo profundo (que é também uma forma de revolta contra o que a vida nos oferece), então, isso significa que aquelas experiências nos foram impostas, não como um castigo para nosso espírito rebelde, mas porque, antes de reencarnar, não apresentávamos condições para compreender nossas reais necessidades espirituais.
Tanto num caso como noutro, Deus jamais permite que passemos por experiências se não tivermos condições de sairmos vitoriosos! Ninguém reencarna pré-destinado ao mal, à derrota, à crueldade, à violência, à maldade! Ninguém reencarna pré-destinado a cultivar o orgulho, o egoísmo, a vaidade. Essas atitudes poderão colocar em risco o planejamento anteriormente feito, agravando nossos erros anteriores!
O que precisamos é confiar em Deus, sobretudo! Termos confiança de que não estamos sozinhos em nossas aflições! Que Benfeitores Espirituais dedicados estão nos acompanhando e torcendo por nossa vitória espiritual!
(Tema apresentado na reunião pública do dia 27 de setembro de 2010)

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