Quando perguntamos o “por que” sobre um determinado
fato desejamos saber a causa que o originou, o motivo de seu acontecimento. Se
a pergunta for “para que”, o que se deseja saber é o objetivo do fenômeno
analisado.
Em relação a Jesus, o motivo de seu nascimento entre
nós se deve ao mais sublime de todos os sentimentos: o amor. Benfeitores
Espirituais nos ensinam que Ele é o governador de todo nosso sistema solar, o
que equivale a dizer que Ele é o responsável pelos bilhões e bilhões de
Espíritos que pertencem a essa grande comunidade. Ele mesmo se denominou como
sendo o pastor de um grande rebanho, do qual nenhuma ovelha se perderia. Movido
pelo mais alto grau de compaixão por nossas limitações e fraquezas decidiu-se a
vir, Ele mesmo, ao nosso convívio.
Mesmo sabendo que seu nascimento seria recebido com
indiferença, que sua infância e juventude passariam desapercebidas e que sua
missão incomodaria a muitos, não deixou de vir, porque muito nos ama... Diz o
Espírito Emmanuel em seu livro Vinha de Luz, psicografia de Francisco C.
Xavier:
“Na Terra,
Jesus é o Senhor que se fez servo de todos, por amor, e tem esperado nossa
contribuição na oficina dos séculos. A confiança dEle abrange as eras, Sua
experiência abarca as civilizações, Seu devotamento nos envolve há milênios...”
Desde que surgiram os primeiros agrupamentos humanos,
Ele nunca deixou de enviar colaboradores ao nosso planeta para auxiliar nosso
progresso material, moral e intelectual. Enviou filósofos iluminados para
renovarem o pensamento dos homens em relação à vida; enviou médicos, cientistas
e pesquisadores dedicados, com o objetivo de auxiliar o progresso das ciências,
minimizando a dor física e melhorando a qualidade da vida material; enviou
condutores fiéis para ensinar aos homens o caminho bem...
No entanto, quando a humanidade estava amadurecida o
bastante para compreender uma mensagem mais espiritualizada e sutil, sobre o
mais nobre de todos os sentimentos, aquele que deve direcionar os
relacionamentos humanos, dignificando a existência, Ele não enviou substitutos.
Veio Ele mesmo para nos ensinar o caminho do amor, em todas as suas
possibilidades: amor a Deus e amor ao próximo, amor a si mesmo e aos inimigos.
No mesmo livro citado acima, diz o benfeitor
Emmanuel:
“No momento
julgado essencial para o lançamento do Reino de Deus entre os homens, veio, Ele
mesmo, à nossa esfera de sombras e conflitos. Não enviou substitutos ou
representantes. Assumiu a responsabilidade de seus ensinamentos e, sozinho,
suportou a incompreensão e a cruz.”
Em relação aos objetivos de Sua vinda, Ele mesmo nos
disse: “Eu vim para que tenhais vida, e vida em abundância”. É claro que Ele
não se referia a abundância de bens materiais mas sim, abundância de bens
espirituais, tendo como base o amor verdadeiro entre todos. Exemplificou, a
todo momento, que o caminho para conquistarmos a verdadeira vida está baseado
na aplicação da prática do bem, fazendo aos outros o que desejamos para nós
mesmos. É como se Ele nos dissesse: se vocês seguirem os meus ensinamentos
conseguirão suportar com mais facilidade as dificuldades inerentes à vida
material; se aplicarem a regra do amor e da caridade em seus relacionamentos
conquistarão a paz da consciência e o equilíbrio próprio. Ele nos deixou um roteiro,
não com palavras somente, mas com demonstrações e exemplificações daquilo que
ensinava. Seus ensinamentos continuam e continuarão sendo a
maior e mais bela mensagem dos Céus para a Terra.
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