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quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco

Basta a aproximação do final de um ano para que retorne o velho refrão: "ano novo, vida nova".
No entanto, entre as amarguras e desencantos que tentamos esquecer e as esperanças que sonhamos alcançar, há uma realidade que não podemos negar: entra ano, sai ano, continuamos sendo os mesmos, com as mesmas tendências e hábitos (positivos ou negativos), envolvidos pelos mesmos pensamentos, ideias e ideais.
Tentando modificar nosso cenário pessoal, buscamos a renovação através de realizações de ordem material que, para nossa surpresa, satisfazem somente durante algum tempo. Renovamos a aparência física, a casa onde moramos, o grupo de amizades, as atividades profissionais, os programas de estudos, etc. Mas, logo constatamos que essas conquistas, se nos auxiliaram por um período de tempo, nem sempre são suficientes para alcançarmos a paz e o equilíbrio interior.
Oportuno lembrar, diante de tais momentos, uma advertência de Jesus: "O Reino de Deus não vem com aparências exteriores". Isso significa que não se obtém a paz interior com atitudes exclusivamente materiais.
Surge então uma dificuldade: como alcançar essa paz interior? Qual o meio para essa renovação espiritual que nos conduzirá ao equilíbrio tão sonhado?
Sem dúvida, estamos ainda muito distantes da vitória espiritual sobre nós mesmos.
A frase que serve de título a esse tema foi extraída do livro "Nos domínios da mediiunidade", escrito pelo Espírito André Luiz pela psicografia de Francisco Cândido Xavier. Nessa obra, o assistente Áulus fornece esclarecimentos oportunos sobre a questão do pensamento em  nossa vida: "Possuímos uma vida mental quase sempre parasitária, de vez que ocultamos a onda de pensamento que nos é própria, para refletir e agir com os preconceitos consagrados ou com a pragmática dos costumes preestabelecidos, que são cristalizações mentais no tempo, ou com as modas do dia e as opiniões dos afeiçoados que constituem fácil acomodação com o menor esforço. Basta, no entanto, nos afeiçoemos aos exercicíos da meditação, ao estudo edificante e ao hábito de discernir para compreendermos onde se nos situa a faixa de pensamento, identificando as correntes espirituais que passamos a assimiliar."
Recordemos igualmente o ensinamento de Jesus em relação à prática da oração e da vigilância, não somente em relação às nossas ações, mas igualmente e, sobretudo, em relação aos nossos pensamentos.
Se desejamos uma vida melhor, busquemos melhorar os nossos pensamentos dentro dos padrões do Evangelho. Para isso não precisamos esperar que mude o ano, a semana ou o dia. Podemos começar agora mesmo! Aí sim, um novo ser surgirá em nós!
Nosso vídeo mais recente apresenta uma mensagem do Espírito Emmanuel, pela psicografia do médium Francisco C. Xavier relacionada ao tema abordado.


(Tema apresentado na reunião pública de 27 de dezembro de 2010)

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Por que um sentimento de tristeza, às vezes, nos invade no Natal?

(Trecho extraído do livro: A vida escreve - médium Francisco Cândido Xavier)
É comum, na época das comemorações do Natal, nos envolvermos por sentimentos de tristeza, cujas causas nem sempre conseguimos identificar.
O motivo para esses sentimentos de melancolia pode estar relacionado a fatos ocorridos na atual existência, tais como: a morte de entes queridos, nesse período do ano; a saudade de amigos e/ou familiares já desencarnados; recordações da infância e/ou juventude, sejam elas agradáveis ou não; a ocorrência de acidentes ou problemas de saúde, envolvendo nossos afetos ou até nós mesmos, obrigando-nos a permanecer hospitalizados; as dificuldades de ordem financeira; o desemprego; conflitos de ordem familiar ou afetiva. Mesmo sendo justos e  por terem nos causado forte impressão, fixamos nossos pensamentos nessas experiências, o que nos leva ao abatimento e a tristeza.
Se a causa não estiver relacionada a fatos ocorridos nessa existência, pode ser que elas estejam relacionadas à experiências vividas em outras reencarnações e que nos abalaram espiritualmente. Mas, como não guardamos a recordação do que fizemos, é aconselhável não insistirmos em descobrir essas causas, pois corremos o risco de nos fixarmos em ideias sugeridas por espíritos brincalhões.
Mas, há um outro motivo que não temos coragem de admitir...
Certamente já tivemos contato com a mensagem de Jesus em várias ocasiões, não apenas na atual existência mas também em existências anteriores e, infelizmente, até hoje ainda não nos decidimos a abraçá-la integralmente... Já se passaram mais de dois mil anos e, até agora, não atingimos o ideal de vida que Jesus nos trouxe, ideal esse baseado integralmente no amor a Deus e ao próximo. É esse ideal ainda não realizado que nos faz sentir esse vazio na alma... Sentimos que está sempre faltando alguma coisa, mas não conseguimos identificar o que é... E, na tentativa insana de preencher esse vazio, buscamos, nos prazeres de ordem material, suprir nossa necessidade espiritual... É dessa forma que o nascimento de Jesus vem sendo comemorado, numa busca frenética por comidas, bebidas e presentes; num corre-corre desenfreado, perdemos tempo, dinheiro, saúde e, o que é pior, alguns perdem até a própria vida...
O dia 25 de dezembro foi reservado para se comemorar o nascimento de Jesus. Mas Ele, como aniversariante, tem sido pouco lembrado... O ícone do Natal passou a ser o papai noel...
Apesar da tristeza que venhamos a sentir nessas ocasiões, não podemos e nem devemos esquecer que a vinda de Jesus ao nosso planeta representa uma mensagem de alegria e de esperança para a humanidade sofredora, convidando a todos para uma renovação integral da vida! Ele esteve entre nós. Isso não seria um grande motivo para nos alegrarmos e fortalecermos nossas esperanças num futuro melhor, integrados em seus ensinamentos e cooperando com Ele na implantação da fraternidade entre todos?!?! 

(Tema apresentado na reunião pública do dia 13 de dezembro de 2010)

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Coragem de ser útil: o exemplo de Chico Xavier

Ainda trazemos em nós o conceito de que para "fazer caridade" é preciso ter dinheiro e/ou bens materiais e, com isso, muitas pessoas se sentem desencorajadas ou até mesmo envergonhadas por nada terem ou por terem muito pouco, segundo pensam, para dar a alguém. Há aqui um grande equívoco. Dar bens materiais a alguém é beneficência, já que alguém será beneficiado com aquilo que receber. Já a caridade, tão salientada por Jesus, significa amor em ação. Podemos dar algo a alguém sem nenhuma caridade no gesto praticado. Assim como podemos doar algo de nós mesmos a alguém sem termos nada de material para oferecer. Portanto, nosso desafio maior está em aprendermos a exercer a caridade, conforme nos ensinou Jesus.
Talvez por uma questão cultural, ou até mesmo por uma formação religiosa mal conduzida, quando não temos nada de material para dar a alguém que necessita mais do que nós mesmos, sentimo-nos constrangidos e deixamos passar a oportunidade de fazer algo por esse alguém. Recordando as palavras da nobreza espiritual de Madre Tereza de Calcutá: "Não importa o que você faz e nem quanto você faz; o que importa é quanto de amor você coloca naquilo que faz."
Francisco Cândido Xavier, que conheceu de perto a pobreza e a penúria, a dor física e moral, nos deixou vários exemplos de doação de si mesmo quando não tinha sequer um pedaço de pão para oferecer a algum necessitado.
Seu rítmo de vida sempre foi intenso, dividindo-se ele entre o trabalho como escriturário na Fazenda Modelo, os cuidados com a família numerosa, as reuniões e atendimentos no Centro Espírita, a psicografia dos livros durante a madrugada. Mas tantas ocupações e responsabilidades não o impediam de buscar, pessoalmente, pelos mais necessitados.
Entre os muitos exemplos que ele nos deixou, fica difícil identificar em qual aspecto eles foram mais grandiosos: se no aspecto mediúnico ou no aspecto humano.
Para ilustrar o tema, relatamos o caso a seguir, extraído do livro "As vidas de Chico Xavier"  de autoria do jornalista Marcel Souto Maior.
"Quando ainda morava em Pedro Leopoldo, MG, todos os sábados, ele e alguns amigos visitavam famílias que moravam embaixo de uma ponte. Levavam roupas e alimentos e aproveitavam, nesses encontros, para comentar o Evangelho.
Mas houve um dia em que Chico não tinha nada para levar; sem nenhum donativo possível, só poderia levar água fluidificada. Ele sabia que aquelas famílias ficavam esperando pelo pão de toda semana e estava pensando em faltar do compromisso daquela vez. Porém, o Espírito Emmanuel, seu protetor, lhe apareceu e recomendou que ele fosse mesmo assim senão as pessoas ficariam muito frustradas.
Pensando no assunto, sem saber o que fazer, Chico viu surgir, acima da porta de seu quarto, uma frase resplandecente com as seguintes palavras: “Não vos deixarei órfãos...”. 
Encorajado, foi até a ponte com o grupo de amigos e, desconcertado, explicou para aquela gente sofrida que naquele dia só tinha água para oferecer. Os necessitados, tentando amenizar seu constrangimento, estenderam uma toalha sobre uma laje de cimento para colocar os copos e a água, preparando-se para as preces.
De repente, um senhor apareceu perguntando por Chico Xavier. Ele vinha de Belo Horizonte, a mando de um casal de amigos ricos que havia mandado donativos para o Chico. O caminhão com os mantimentos estava parado na estrada e ele queria saber onde poderia descarregar! Foi uma festa! Sobraram mantimentos até para uma favela vizinha!
Da mesma forma que Chico Xavier era considerado como ponto de referência na prática da legítima caridade, possamos nós também, num futuro não muito distante, nos transformarmos em servidores úteis na imensa seara de trabalho de Nosso Senhor Jesus! Podemos começar já, agora mesmo, rogando a Jesus nos conceda a coragem de sermos úteis, disputando somente o privilégio de servir!


Obs: As fotos são das décadas de 1960-1970 e estão disponíveis no endereço www.uai.com.br



(Tema apresentado na reunião pública de 13 de dezembro de 2010)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Devemos agradecer a Deus sempre... por tudo!

Podemos orar a Deus para louvá-Lo (o que raramente fazemos), para agradecer (o que geralmente esquecemos...) e para pedir (o que mais fazemos!).
Em relação às preces de agradecimento, geralmente nos lembramos de agradecer somente por aquilo de bom que nos tenha acontecido. Raramente fazemos uma prece a Deus para agradecer pelas dificuldades, pelas aflições ou pelos obstáculos que encontramos em nossa vida. Agradecemos quando recuperamos a saúde mas não quando ficamos doentes; agradecemos quando nossa situação financeira está razoavelmente equilibrada, mas não quando estamos em dificuldades materiais; agradecemos sempre pela vitória mas nunca pela derrota; agradecemos pelos familiares e amigos com os quais nos afinamos mas não por aqueles que nos causam preocupações e aborrecimentos. E por aí vai... a lista é grande!
Por que será que temos tal postura diante de Deus? Isso acontece porque ainda trazemos um vício mental, o qual carregamos pelos séculos: a de que as nossas dores e dificuldades são castigos de Deus. Ainda sentimos o Criador como um juiz e ainda consideramos o sofrimento como um castigo para nossos pecados. Quanto atraso espiritual e quantos sentimentos de culpa temos acrescentado em nossa vida devidos a essa maneira de pensar, a qual, de certa forma, nos tem sido imposta ao longo de centenas de anos!
Porém, com a Doutrina Espírita, que nos recorda e explica os ensinamentos de Jesus de uma forma racional, baseada no bom senso e na lógica, na justiça e na misericórdia divinas, estamos aprendendo a encarar os sofrimentos da vida de uma maneira bem diferente.
É na obra "Céu e Inferno", de Allan Kardec, que encontramos essa nova maneira de compreender a necessidade do sofrimento. Os Benfeitores Espirituais ensinam que as dificuldades da vida são lições das quais necessitamos para nos equilibrarmos diante da justiça divina, servindo igualmente para o desenvolvimento das potencialidades que ainda estão adormecidas em nós. Kardec esclarece que o Espiritismo nos oferece, para toda dor, uma causa justa e um objetivo útil. E acrescenta que, no atual estágio evolutivo em que nos encontramos, não conseguimos evoluir de outra forma; as dificuldades, os obstáculos, as dores, as aflições, representam oportunidades de regeneração mas também de aperfeiçoamento.
Encarando dessa forma, chegamos a conclusão de que devemos agradecer a Deus por tudo, pelas alegrias e pelas tristezas, pela saúde e pela doença, pelos sucessos e insucessos, pelos amigos e inimigos, pois sabemos agora que todas essas situações representam oportunidades de progresso espiritual. Isso nos leva a não perdermos a esperança, nem a fé e nem a confiança nos propósitos divinos a nosso respeito.
Depois da tempestade vem a bonança, diz o refrão... Depois de nossas lutas, sairemos delas mais experientes, mais fortalecidos e, sobretudo, mais compreensivos em relação ao sofrimento do nosso semelhante. Portanto, quando orarmos, não nos esqueçamos de agradecer igualmente pelas dificuldades e aflições da vida...
Maria Dolores, poetisa baiana, escreveu várias poesias através da mediunidade de Chico Xavier. Uma delas se chama "Prece de Louvor", mas um louvor diferente, publicada no livro "Coração e vida", a qual transcrevemos abaixo:

PRECE DE LOUVOR

No louvor que te ofertamos,
Pelas bençãos que nos dás,
Na forma de luz e paz,
Esperança, fé e amor,
Cantamos nós igualmente,
- Jesus, por todas as crises,
Das horas menos felizes,
Louvado sejas, Senhor!

Pelos instantes de angústia,
Que a tristeza nos descerra,
Quando encontramos na Terra,
Tribulações a transpor;
Pela ferida que sangra,
Quando a dor nos fere o peito,
Por qualquer sonho desfeito,
Louvado sejas, Senhor!

Pelas fadigas da luta
Que travamos dentro em nós,
Quando nos vemos a sós
Varando sombra e amargor;
Pelos calvários da vida,
Pela cruz com que nos levas,
Varando provas e trevas,
Louvado sejas, Senhor!

(Tema apresentado na reunião pública do dia 29 de novembro de 2010)