Médium: Valter Turini Espírito: Monsenhor Eusébio Sintra Clique aqui para saber mais sobre esse livro |
Quando Chico Xavier tinha 17 anos de idade, ele
estava em seu quarto, à noite, orando, de joelhos ao pé da cama. Viu seu quarto
iluminar-se e uma senhora, de admirável presença, dirigiu-se a ele falando em
castelhano. Mesmo ignorando esse idioma, entendeu perfeitamente o que ela dizia:
- Francisco,
em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, venho solicitar o seu auxílio em favor
dos pobres, nossos irmãos.
Emocionado e em lágrimas, Chico lhe
perguntou:
- Senhora,
quem sois?
Ela lhe respondeu:
- Você não se
lembra agora de mim; no entanto, sou Isabel, Isabel de Aragão.
Chico não conhecia nenhuma senhora com esse
nome e estranhou o que ela lhe dizia; no entanto, uma força o continha, calando
qualquer comentário. Perguntou então:
- Senhora, sou
pobre e nada tenho para dar. Que auxílio poderei prestar aos mais pobres do que
eu mesmo?
Ela esclareceu com doçura:
- Você nos
auxiliará a repartir pães com os necessitados.
E
Chico argumentou com pesar:
- Senhora, quase
sempre, não tenho pão para mim. Como poderei repartir
pães com os outros?
A senhora sorriu e esclareceu:
- Chegará o tempo
em que você disporá de recursos. Você vai escrever para as nossas gentes peninsulares
e, trabalhando por Jesus, não poderá receber vantagem material alguma pelas
páginas que produzir, mas vamos providenciar para que os Mensageiros do Bem lhe
tragam recursos para iniciar a tarefa. Confiemos na bondade do Senhor.
Chico passou as duas semanas seguintes sem
entender o significado de “gentes peninsulares” e sem saber quem teria sido
Isabel de Aragão. Uma noite, após suas preces, surge-lhe um Espírito que se identificou
como Fernão Mendes, dizendo que havia sido, no século XIV, confessor de Isabel,
a Rainha Santa de Portugal (1270-1336). Explicou-lhe o significado de “gentes
peninsulares”, como sendo os habitantes da península européia; também lhe disse
que, por recomendação dela, não lhe faltariam recursos para a distribuição de
pães aos necessitados.
No primeiro sábado após essa ocorrência,
Chico e sua irmã Luíza foram até uma ponte onde se refugiavam alguns
indigentes. Levavam para eles um cesto com apenas oito pães que repartiram entre
todos. Foi assim que ele iniciou essa tarefa em Pedro Leopoldo-MG, que durou de
1927 a
1958. Em janeiro de 1959 Chico mudou-se para
Uberaba. Sua casa ficava vizinha de três núcleos de favelas. A distribuição de
pães foi novamente retomada, atendendo àquelas comunidades carentes, todos os
sábados, chegando a distribuir em torno de 1.500 pães por semana.
(Livro:
Chico Xavier e Isabel, a Rainha Santa de Portugal – autor: Eduardo C. Monteiro)
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O vídeo abaixo mostra onde e como acontecia a distribuição de pães em Uberaba, MG: