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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Tempo: concessão divina!


Estatísticas atuais têm mostrado que a expectativa de vida das pessoas vem aumentando consideravelmente nas últimas décadas. No Brasil, passou de 50 anos para aproximadamente 73 anos. Os avanços da Medicina e da tecnologia, a alimentação mais equilibrada, a prática de atividades físicas, representam um conjunto de situações que vêm favorecendo o prolongamento da existência física aqui na Terra.
Alimentados por teorias materialistas (embora digam que não o sejam), por não admitirem a continuidade da vida após a morte do corpo e por não aceitarem as múltiplas existências para a alma, muitos estão à procura da eterna juventude. Convictos de que “morreu, acabou” e que essa vida é a única que Deus nos dá, o que importa para essas pessoas é aproveitar e gozar essa existência ao máximo, prolongando o mais possível, seu tempo de vida.
Quanto mais tempo de vida, mais comprometimento! Isso, no entanto, não significa que não sejamos favoráveis à longevidade. Se Deus nos concede uma existência maior, a questão principal passa a ser essa: saberemos aproveitar, integralmente, esse período? Se já temos dificuldades em organizar nosso tempo para um dia, quanto mais para muitos anos!
Vejamos como as 24 horas do dia podem ser divididas, como ilustração para esse tema:
- 1/3 do dia reservado para o sono;
- 1/3 do dia reservado para o trabalho (seja ele profissional e/ou doméstico);
- 1/6 do dia reservado para os estudos
- 1/6 do dia reservado para outras atividades (alimentação, deslocamento, entretenimento, etc)
Livro: Baú de casos - médium Francisco Cândido Xavier
Se estendermos a divisão das horas do dia para os anos de vida, encontraremos uma surpresa incrível: o desperdício do tempo que nos foi concedido! Vejamos essas proporções para uma existência de 80 anos e teremos, aproximadamente:
- 30 anos dormindo
- 30 anos trabalhando
- 10 anos estudando
- 10 anos em outras atividades (alimentação, locomoção, entretenimento, etc)
Claro que essa divisão está baseada em termos gerais, variando muito de pessoa para pessoa. O objetivo principal é verificarmos o que estamos fazendo do tempo que Deus nos concedeu aqui na Terra. E aí surge a seguinte pergunta: desejar uma experiência com tantos anos de vida com qual objetivo? Apenas para continuarmos dormindo, comendo, consumindo e buscando diversão e passatempo?
Através dos depoimentos de Espíritos desencarnados, que encontramos em vários livros espíritas, sobretudo na coleção do Espírito André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, e também na segunda parte da obra “Céu e Inferno ou a justiça divina segundo o Espiritismo”, de Allan Kardec, podemos constatar o quanto eles se lamentam do tempo perdido em suas existências, por não aproveitarem corretamente o tempo que lhes foi concedido.
O Espírito Emmanuel diz que a maior vergonha para o Espírito desencarnado, quando retorna ao plano espiritual, consiste justamente na tarefa não cumprida e nas tendências negativas não dominadas. Tarefa não cumprida significa tempo mal aproveitado, não apenas em desfavor de si mesmo mas, igualmente, em desfavor dos outros.
O mau uso do tempo está profundamente ligado à nossa maneira de encarar a vida aqui na Terra. Quanto mais materialista for a criatura, maior sua preocupação em prolongar sua existência de modo a aproveitar o máximo possível. Nesse sentido, o Espiritismo nos traz esclarecimentos profundos, concedendo-nos a oportunidade de considerar, de forma diferenciada, essa questão. Mostra-nos que, após a morte do corpo, a vida continua mais atuante, mais esplêndida, mais intensa, porém, em outra dimensão – a dimensão espiritual – e que a nossa situação, feliz ou infeliz, dependerá daquilo que tivermos feito na Terra.
A confiança no futuro e a certeza da continuidade da vida nos proporcionam coragem e fortalecimento moral para as dificuldades e as dores que enfrentamos em nossa existência.
Livro: Quem é o Cristo? - médium Raul Teixeira
A Doutrina Espírita esclarece que as aflições e vicissitudes estão relacionadas com nossas experiências infelizes de vidas anteriores; também ensina que nossa felicidade futura depende do que estivermos fazendo no agora! O apóstolo Paulo, em sua segunda epístola aos Coríntios, nos deixou uma lição sobre essa questão: “Eis agora o tempo sobremodo oportuno. Eis agora o tempo da salvação.” O que passou, está no passado. Para nós, o momento mais importante é o hoje, onde temos a liberdade de semear, mas teremos, certamente, a obrigatoriedade de colher.
Além disso, o que representa, diante da eternidade, alguns anos no plano material se o espírito é criação divina para a eternidade?
(Tema abordado na reunião pública do dia 15 de agosto de 2011)

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