Nossos visitantes

Agradecemos a todos os que nos dão a alegria de sua visita, ajudando-nos na divulgação da esclarecedora e consoladora mensagem espírita. Rogamos a Deus que a todos ilumine e proteja, com nossos votos de paz e saúde, amor e harmonia, onde quer que estejam...

quarta-feira, 14 de março de 2012

A presença da mulher nos Evangelhos

Livro: Vereda familiar - Médium: J. Raul Teixeira


São poucas as referências à presença da mulher nos tempos de Jesus. Algumas sequer têm o próprio nome citado. Compreende-se essa situação quando se considera que a sociedade de então era extremamente machista, destacando-se somente os feitos masculinos, sendo a mulher relegada a um plano inferior.
As poucas passagens onde a mulher aparece permitem que sejam identificadas pela situação em que se deu seu encontro com Jesus:
- Maria, mãe de Jesus:  Maria não era seu nome; em hebraico, Maria significa senhora.
- Maria, mãe de Tiago Menor.
- Salomé: mãe de João e Tiago Maior, primos de Jesus.
- Joana: esposa de Cuza, procurador de Herodes. Terminou seus dias em grande miséria, morrendo na fogueira por ser cristã, juntamente com seu filho, em Roma.
- Marta e Maria: irmãs de Lázaro. Jesus se hospedou várias vezes na casa desses irmãos, em Betânia, próximo a Jerusalém.
- Maria Madalena: considerada erroneamente como prostituta, foi discípula de Jesus. Terminou seus dias auxiliando os leprosos.
E as anônimas:
- A mulher samaritana: é abordada por Jesus, no poço de Jacó, na Samaria.
- A viúva de Naim: Jesus devolve a vida ao seu filho, considerado morto.
- A adúltera: Jesus foi o único que não a condenou, dizendo aos que a acusavam para que atirassem a primeira pedra quem estivesse sem pecado.
- A hemorroísa: Jesus a curou de hemorragia que a afligia por doze anos.
- A pecadora: lavou os pés de Jesus com perfume e enxugou com os próprios cabelos.
- A mulher de Tiro-Sidon: rogou a Jesus as migalhas de seus ensinamentos.
- A filha de Jairo: Jesus a atendeu dizendo aos pais que ela não estava morta, mas desnutrida, recomendando que dessem alimento a ela.
- A sogra de Pedro: foi curada por Jesus de um forte estado febril.
Certamente não foram somente essas que Jesus socorreu. Mulheres desorientadas, mães aflitas, viúvas desamparadas, meninas órfãs, devem ter procurado refúgio, consolo e orientação de Jesus; muitas passaram a seguir seus ensinamentos sem abandonarem os próprios compromissos familiares, sofrendo em silêncio a incompreensão alheia.
Os Evangelhos afirmam que muitas mulheres seguiam Jesus em suas andanças pela Galiléia e auxiliavam com seus recursos a comprar mantimentos para auxílio aos necessitados.
Por compreender profundamente a psicologia feminina, os sofrimentos e humilhações a que estavam sujeitas na época, a ânsia por uma vida mais espiritualizada, Jesus as encantava. Por isso, pais e maridos consideravam que Jesus as havia enfeitiçado e derramavam sua indignação e seu ódio contra Ele. Essas mulheres amavam Jesus por ser Ele o único que compreendia a alma feminina e as orientava com amor e sabedoria. Tudo sofreram e suportaram para poder segui-Lo até o fim de seus dias.
Os homens daqueles tempos consideravam aquelas mulheres como perturbadas ou loucas. Os Evangelhos dizem que Jesus expulsou espíritos malignos de muitas delas.
Hoje, com os ensinamentos espíritas, compreende-se que eram possuidoras de mediunidade. Jesus as auxiliou, libertando-as dos Espíritos inferiores que as assediavam e oferecendo, ao mesmo tempo, o caminho libertador pela prática constante do amor ao próximo e da confiança em Deus. Grande era o alívio que sentiam, entusiasmando-se para seguir os ensinamentos do Mestre Amado.
Ao longo dos séculos vindouros, talvez essas mesmas mulheres tenham renascido com a tarefa de continuarem colaborando na extensão do Cristianismo, sofrendo mais rudes provas e humilhações, ao ponto de a própria Igreja questionar se a mulher tinha alma!
Encontramos hoje, nas casas espíritas, um número muito maior de mulheres atuando mediunicamente do que de homens. Espírito dotado de maior sensibilidade, mais facilmente pode atuar como intermediária entre o mundo material e o mundo espiritual. Dotada de grande intuição, pela própria tarefa da maternidade que lhe foi confiada, dedica-se hoje, com mais liberdade, à propagação do Evangelho, podendo proclamar sem medo de represálias, seu imenso amor a Jesus.
---
Os vídeos abaixo mostram a entrevista do Prof. Severino Celestino, espírita e estudioso do  Evangelho, abordando o tema "Jesus e as mulheres", no programa "Transição":
* Primeira parte
* Segunda parte:
(Tema abordado na reunião pública do dia 12 de março de 2012)

Nenhum comentário: