Nossos visitantes

Agradecemos a todos os que nos dão a alegria de sua visita, ajudando-nos na divulgação da esclarecedora e consoladora mensagem espírita. Rogamos a Deus que a todos ilumine e proteja, com nossos votos de paz e saúde, amor e harmonia, onde quer que estejam...

sábado, 30 de junho de 2012

30 de junho de 2012: dez anos da desencarnação de Chico Xavier


Francisco Cândido Xavier (2 de abril de 1910 - 30 de junho de 2002)
Desencarnou com 92 anos de idade.
Dedicou 75 anos de sua vida à mediunidade.













Obrigado Chico!...

... pelas milhares de mensagens consoladoras, que enxugaram lágrimas e alimentaram a fé em Deus de muitas famílias;

... pelas centenas de livros psicografados que trouxeram lições, poesias, reflexões, exemplos e uma grande verdade: a morte não existe!

... pelas incontáveis horas atendendo mulheres e homens atormentados, crianças famintas, jovens sem rumo e Espíritos infelizes;

... por chorar conosco nossas dores, orar conosco por nossas vidas, enfrentar conosco nossos defeitos, sem nunca pedir nada para si mesmo;

... por respeitar nossa crença, estimular nossa fé, valorizar nossa opinião, sendo sempre espírita e leal à mensagem de Jesus;

... por ser paciente ainda que agredido, humilde ainda que exaltado, por servir e sorrir ainda que doente.

Chico desencarnou em 30 de junho de 2002, dia em que o Brasil ganhou a Copa do Mundo.
Um de seus desejos era partir quando o Brasil estivesse muito feliz.
Foi atendido.

Texto: Rômulo Tavares
Federação Espírita do Rio Grande do Norte

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Energia x Fluido

A palavra energia está na moda. Aplicada em vários segmentos, pode apresentar diversos significados mas, aqueles que a utilizam, nem sempre tem a preocupação de utilizá-la corretamente ou conhecer seu verdadeiro significado.
Ela pode ser interpretada como vigor, como na frase: ‘as crianças possuem muita energia!’. Também pode expressar autoridade: ‘o comandante dirige seus soldados com energia’.
No campo das Ciências, particularmente na Física, define-se Energia como sendo a “capacidade de realizar trabalho”.
Já a palavra “fluido” é raramente utilizada e, quando a utilizam, é pronunciada como ‘fluído’, que na verdade é o particípio passado do verbo fluir. Define-se fluido como sendo todo elemento ou substância que não tem forma própria. São considerados como fluidos os líquidos e os gases. Há outros mais sutis, como o fluido elétrico e o fluido magnético.
Assim como temos fluidos materiais, que fazem parte do nosso dia-a-dia, também há fluidos de natureza espiritual.
Os fluidos materiais são manipulados pelo próprio ser humano de inúmeras formas, conforme as necessidades para manutenção da vida física: na elaboração dos alimentos, na composição de medicamentos, na utilização de aparelhos eletroeletrônicos, entre outros.
Já os fluidos de natureza espiritual são manipulados pelos Espíritos, e essa utilização não depende do seu nível de evolução; tanto os Espíritos superiores quanto os inferiores, manipulam fluidos espirituais. Nós não podemos ver esses fluidos, mas podemos sentir seus efeitos pela agradável ou desagradável sensação que nos proporcionam.
Infelizmente no meio espírita, o uso da palavra ‘energia’ também se espalhou. Encontramos, com frequência, expressões como: energias positivas e negativas, doação de energias, centros energéticos, energias descompensadas, etc. É muito comum, por exemplo, dizer que o passe é uma “transfusão de energias”. O correto é dizer que o passe é uma transfusão de fluidos de natureza superior, que irão auxiliar no equilíbrio espiritual, mental e também físico de quem o recebe.
É preciso recorrer sempre aos ensinamentos dos Espíritos Superiores a respeito, através das obras de Allan Kardec. Ele foi fiel aos ensinamentos dos Espíritos e aos conceitos científicos já admitidos e empregados em sua época (e ainda hoje). Mesmo tendo esse grande cuidado, Kardec ainda assim foi criticado. O que seria dele e da Doutrina caso tivesse optado por não se preocupar com o aspecto científico contido nos ensinamentos que recebia da Espiritualidade? Não deve passar desapercebido, para quem estuda com profundidade as obras de Kardec, que ele não empregou a palavra ‘energia’ em nenhum de seus livros, nem na Revista Espírita.Em sua quinta e última obra “A Gênese”, ele dedicou um capítulo para tratar especialmente dos “Fluidos” (Capítulo 14).
O Espírito André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, também tratou dos fluidos na obra “Evolução em dois mundos”. Já no capítulo 1 da Primeira Parte, ele trata do ‘Fluido Cósmico’ e, no Capítulo 13, ele trata da ‘Alma e Fluidos’.
Esses temas são trabalhosos e, devido à sua dificuldade, oferecem uma resistência muito grande para o seu estudo nas casas espíritas. Sem dúvida, a questão é complexa e profunda, mas isso não impede que se aprenda, com Kardec, a utilizar os conceitos espíritas de forma correta.
Muitos poderão contestar dizendo que Jesus também não disse nada a respeito desse assunto. Disse sim, e várias vezes! Mas, adequando seus ensinamentos à capacidade de compreensão das pessoas daqueles tempos, Ele utilizou essa verdade sublime através de um conceito que Ele destacou com ênfase: a fé. Dizia Ele aos que recebiam a benção da cura de seus males: ‘a tua fé te salvou’; ou aos que se sentiam sobrecarregados pelo sofrimento: ‘se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda...’!
A fé, capacidade de confiança no poder divino, semente que todos podem desenvolver, foi enfatizada por Jesus em muitos de seus ensinamentos, mostrando o grande poder de atração que ela possui, em benefício de quem a soubesse aplicar com sabedoria. Kardec, em O Evangelho segundo o Espiritismo (Cap. 19, item 5) também citou a fé, como poderoso fluido magnético, isto é, com grande poder de atração,  dizendo que ‘graças a ela, o homem age sobre o fluido, agente universal, modifica-lhe as qualidades e lhe dá impulso por assim dizer irresistível.’
Recomenda-se portanto, muita cautela no emprego desses dois conceitos: energia e fluido. Importante analisar as obras espíritas, sobretudo as da atualidade, para verificar até que ponto os autores estão comprometidos com os aspectos científicos da Doutrina, mantendo fidelidade aos mesmos, assim como Kardec o fez. 
(Tema apresentado na reunião pública do dia 4 de junho de 2012)