Nossos visitantes

Agradecemos a todos os que nos dão a alegria de sua visita, ajudando-nos na divulgação da esclarecedora e consoladora mensagem espírita. Rogamos a Deus que a todos ilumine e proteja, com nossos votos de paz e saúde, amor e harmonia, onde quer que estejam...

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

As orientações de Jesus sobre a ansiedade


Buscando amenizar a ansiedade, as pessoas fazem uso de recursos nem sempre saudáveis, tais como: roer as unhas, comer exageradamente ou deixar de comer, fumar freneticamente, consumir bebidas alcoólicas com mais frequência; outras perdem o sono, outras dormem demais; e, no limite das próprias forças, muitas passam a utilizar medicamentos.
Há porém aqueles que procuram amenizar a ansiedade de modo mais positivo: praticam esportes, realizam exercícios físicos regularmente, dedicam-se à leitura, à música, a algum tipo de arte e, o que é mais raro, praticam a oração e a meditação.
Buscando compreender melhor essa questão, buscamos no Evangelho os ensinamentos de Jesus sobre o assunto, procurando compreendê-los com as orientações que a Doutrina Espírita nos oferece. Isso porque não há outro ser que conheça tão bem nossas necessidades e limitações como Jesus e, se ainda não entendemos suas orientações, dificilmente as colocaremos em prática.
Jesus se refere aos ansiosos como sendo aqueles que não confiam na Providência Divina. Mas, nas entrelinhas de seus ensinamentos, Ele também destaca outro fator gerador da ansiedade: a falta de confiança em si mesmo, na própria capacidade de realização. Portanto, a ansiedade surge quando um desses fatores ocorre ou quando os dois acontecem ao mesmo tempo: ou está faltando confiança na Providência Divina ou está faltando confiança em nós mesmos...
E Ele ainda reforça esses ensinamentos ao dizer: "Pedi e obtereis; batei, e abrir-se-vos-á; buscai e achareis". O que significam essas palavras? Elas podem ser assim compreendidas: ajuda-te, e o céu te ajudará! Somente com essas colocações é que se completam os ensinamentos de Jesus sobre a ansiedade! Acompanhe o raciocínio: partindo da confiança em Deus e em Sua Providência, e fazendo o máximo e o melhor ao nosso alcance, venceremos a ansiedade pois estaremos com a consciência tranquila e também confiando que todos os recursos disponíveis serão mobilizados a nosso favor! Só fica ansioso aquele que duvida! A dúvida gera a incerteza e esta, por sua vez, gera a ansiedade.
Considerando que os semelhantes se atraem, ao nos rendermos à ansiedade, estaremos igualmente entrando em sintonia com outros, encarnados e/ou desencarnados, que vibram nas mesmas ondas de inquietação, agravando ainda mais nosso estado íntimo.
Poderemos vencer nossas más tendências, ou amenizá-las, rogando o auxílio dos Bons Espíritos e de nossos Espíritos Protetores. Podemos, portanto, rogar a eles que nos auxiliem na conquista da confiança em Deus e em nós mesmos! Orando e meditando sobre as lições de Jesus e as orientações que o Espiritismo nos proporciona, aos poucos, passaremos a dominar a ansiedade, que tanto nos faz sofrer. Sofrer mais do que é preciso...
Ensinam os Benfeitores Espirituais que não reencarnamos pré destinados ao fracasso, à derrota, aos vícios...  Se Deus nos concedeu mais uma oportunidade de vida aqui no planeta, é porque Ele confia em nossa capacidade e aguarda, sempre esperançoso, por nossa vitória espiritual...
Jesus encerra seus ensinamentos sobre o tema convidando-nos a buscarmos, em primeiro lugar, "o Reino de Deus e sua justiça" pois todo o mais nos será dado por "acréscimo da misericórdia divina", já que Deus sabe que todos temos necessidades materiais, mas que elas são passageiras e  não são mais importantes do que nossas necessidades espirituais...
Busquemos esse "Reino de Deus" em nós mesmos, façamos o máximo ao nosso alcance, confiemos na Providência Divina e em nossa própria capacidade...Assim, a ansiedade nos deixará em paz... Somos nós que devemos dominá-la... Com as orientações de Jesus, estamos no caminho certo!

(Tema abordado na reunião pública do dia 21 de fevereiro de 2011)

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

As aves do céu. Os lírios do campo.

A Galiléia é uma região localizada ao norte de Israel. Local de terras férteis, era habitada, nos tempos de Jesus, por pessoas que se dedicavam à pesca, à agricultura e ao comércio dos produtos obtidos. Eram pessoas de natureza simples e vida modesta. É uma região muito bonita, devido ao Lago Kinereth (essa palavra significa "harpa" na língua hebraica, pois o lago tem esse formato). Embora seja um lago de água doce, era conhecido como Mar da Galiléia. Entre as aldeias dessa região, a mais importante era Cafarnaum,  situada ao norte do Lago, cidade para onde Jesus se dirigiu e passou a viver, quando deu início a Sua missão.
Foi nesse cenário de belezas naturais que Jesus proferiu o mais belo de todos os seus ensinamentos: o Sermão do Monte ou Sermão das Bem-aventuranças, que se encontra  narrado no Evangelho segundo Mateus, dos capítulos 5 a 7. É no Capítulo 6, versículos 25 a 34, que encontramos as orientações de Jesus a respeito da ansiedade.
Expectativa e ansiedade não são sinônimos, não representam as mesmas emoções. A expectativa faz parte da natureza humana, é um sentimento normal. Já a ansiedade expressa um desequilíbrio emocional e/ou psicológico, podendo ser um momento passageiro ou tornar-se um hábito de comportamento.
A ansiedade não é um mal dos nossos tempos. Na época de Jesus as pessoas também se preocupavam com seus afazeres, transformando tais preocupações em ansiosas aflições pois a manutenção da vida material era muito difícil. A alimentação e a vestimenta eram tarefas trabalhosas pela total ausência das tecnologias que hoje tanto facilitam nossa subsistência.
Jesus tenta mostrar que aqueles que se rendem à ansiedade sofrem, na verdade, de um outro mal: a falta de confiança na Providência Divina. Ele nos convida, de forma intensamente poética, a observarmos as lições que a própria natureza nos oferece, natureza essa que era farta e abundante na Galiléia:
- As aves do céu - elas não semeiam, não fazem colheitas, não armazenam nos celeiros. Mas também, não param de trabalhar, em busca de seu alimento. E Deus as direciona de maneira que o alimento não lhes falte. Fazem a sua parte; Deus faz a Dele.
- Os lírios do campo - as flores do campo eram consideradas sem valor. Eram colhidas e depois de secas serviam para alimentar o fogo pois havia pouca lenha na Galiléia. As flores do campo, mesmo destinadas à destruição, não deixavam de contribuir com sua tarefa, exibindo sua beleza, perfumes e cores concedidas por Deus.
E Jesus indaga então, aos que o ouviam, se por acaso eles não seriam mais importantes para Deus do que as aves do céu e as flores do campo. 
Com essas observações e comparações Jesus nos convida a fazermos uma avaliação do nível de nossa confiança na Providência Divina. Ensina também que poderemos contar sempre  com essa Providência desde que, por nossa vez, façamos a nossa parte. E, com esse vínculo de confiança em Deus, poderemos então nos dedicar, mais intensamente, ao conhecimento e prática deu Seus Ensinamentos.
---
O Mar da Galiléia foi o tema de um documentário exibido pela Globo News. Caso tenha interesse em assistir ao vídeo, para conhecer um pouco mais sobre essa região,  clique aqui.


(Tema apresentado na reunião pública do dia 14 de fevereiro de 2011)

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

A escassez de médiuns em reuniões espíritas: as orientações de Allan Kardec

Logo após o lançamento de “O Livro dos Médiuns”, em 1861, muitas pessoas, em vários locais, manifestaram o desejo de formar reuniões espíritas. No entanto, muitos escreveram a Kardec dizendo que não conseguiram ir adiante com as reuniões por causa da escassez de médiuns.
Note-se que essa situação é mais comum do que se pensa, inclusive nos dias atuais, sobretudo em pequenas localidades, onde nem sequer há centros espíritas ou em regiões onde as ideias espíritas ainda não encontraram simpatizantes.
Kardec julgou-se no dever de dar alguns conselhos sobre como suprimir a falta de médiuns em reuniões espíritas sérias.
- “Um médium, sobretudo um bom médium, é incontestavelmente um dos elementos essenciais em toda reunião que se ocupa do Espiritismo; mas seria erro pensar que, em sua falta, nada mais resta que cruzar os braços ou suspender a sessão. (...) Vamos a uma reunião espírita, ou pelo menos devíamos ir, para nos instruirmos. A questão agora é de saber se o poderemos ou não sem o médium. Para os que vão a essas reuniões com o único objetivo de ver efeitos, o médium será tão indispensável quanto o músico no concerto; mas, para os que buscam instruir-se, em falta de um instrumento de experimentação, terão mais de um meio de o obter.”
Kardec apresentou, então, algumas atividades que podem ser realizadas numa reunião espírita que não possa contar com médiuns para as comunicações com os espíritos. Eis as recomendações:
1 – Reler e comentar antigas comunicações cujo estudo profundo fará ressaltar melhor o seu valor.
2 – Contar fatos de que se tem conhecimento, discuti-los, comentá-los, explicá-los pelas leis da Ciência Espírita; examinar-lhes a possibilidade ou a impossibilidade; ver o que encerram de provável ou de exagero; examinar a parte da imaginação e da superstição, etc.
3 - Ler, comentar e desenvolver cada artigo de “O Livro dos Espíritos” e de “O Livro dos Médiuns”, bem como todas as outras obras sobre o Espiritismo. (Entre os anos de 1857 e 1861, Kardec havia publicado somente essas duas obras).
4 – Discutir os vários sistemas sobre interpretação dos fenômenos espíritas.
Note-se que Kardec reforça, várias vezes, que o principal objetivo das reuniões espíritas é a aquisição de conhecimentos sobre a Ciência Espírita e não, como pensam muitos, apenas para obter comunicações com os espíritos. Ele também considerava importante o estudo de obras que combatiam o Espiritismo.
----
Disponibilizamos o texto completo desse artigo de Kardec, publicado na Revista Espírita de fevereiro de 1861, para aqueles que tenham interesse em conhecer, com mais profundidade, as sábias orientações de Kardec sobre esse tema.




("Conheça Kardec" - tema do folheto mensal "O Girassol" de fevereiro de 2011)

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Besta espírita e espírita besta



Quando tinha 21 anos, o médium Francisco Cândido Xavier foi apresentado a um escritor mineiro que leu as poesias psicografadas e comentou que Chico não passava de uma besta. Um amigo do médium o defendeu, dizendo que ele se dedicava ao estudo do Espiritismo. O escritor comentou então que ele seria então uma besta espírita. Esse é um dos muitos lindos casos que Chico Xavier nos deixou e nos quais encontramos lições profundas.
Muitos anos depois, mais amadurecido e experimentado no trato com as pessoas, ao se lembrar desse caso costumava fazer um trocadilho sobre a "besta espírita". Aliás, Chico Xavier utilizava muitos trocadilhos como uma forma didática e bem humorada de transmitir profundas lições de vida. No caso em questão ele disse:

- "Posso até ser uma besta espírita. O que eu não devo, de modo algum, é ser um espírita besta."

Analisando essa frase encontramos a oportunidade de  verificar nossa posição diante do Espiritismo, apesar das imperfeições que ainda nos caracterizam.
Podemos aproveitar esse trocadilho para fazer uma experiência, substituindo a palavra "besta" por algum defeito ou tendência negativa que ainda não conseguimos eliminar. Repetindo a frase com o defeito escolhido, poderemos sentir em que momento estamos: como imperfeitos tentando nos melhorar por sermos espíritas (ou cristãos, o que dá no mesmo) ou se nos dizemos espíritas (ou cristãos) mas sem conseguir melhorar nossos defeitos ainda.
Veja alguns exemplos para perceber a grande diferença:

- "Posso até ser um intolerante espírita. O que eu não devo, de modo algum, é ser um espírita intolerante."

- "Posso até ser um nervoso espírita. O que eu não devo, de modo algum, é ser um espírita nervoso."

- "Posso até ser um preguiço espírita. O que eu não devo, de modo algum, é ser um espírita preguiçoso."

- "Posso até ser um ansioso espírita. O que eu não devo, de modo algum, é ser um espírita ansioso."

Vale a pena conhecer esse lindo caso de Chico Xavier.  Clique aqui  e leia!

(Tema apresentado na reunião pública do dia 31 de janeiro de 2011)