A Galiléia é uma região localizada ao norte de Israel. Local de terras férteis, era habitada, nos tempos de Jesus, por pessoas que se dedicavam à pesca, à agricultura e ao comércio dos produtos obtidos. Eram pessoas de natureza simples e vida modesta. É uma região muito bonita, devido ao Lago Kinereth (essa palavra significa "harpa" na língua hebraica, pois o lago tem esse formato). Embora seja um lago de água doce, era conhecido como Mar da Galiléia. Entre as aldeias dessa região, a mais importante era Cafarnaum, situada ao norte do Lago, cidade para onde Jesus se dirigiu e passou a viver, quando deu início a Sua missão.
Foi nesse cenário de belezas naturais que Jesus proferiu o mais belo de todos os seus ensinamentos: o Sermão do Monte ou Sermão das Bem-aventuranças, que se encontra narrado no Evangelho segundo Mateus, dos capítulos 5 a 7. É no Capítulo 6, versículos 25 a 34, que encontramos as orientações de Jesus a respeito da ansiedade.
Expectativa e ansiedade não são sinônimos, não representam as mesmas emoções. A expectativa faz parte da natureza humana, é um sentimento normal. Já a ansiedade expressa um desequilíbrio emocional e/ou psicológico, podendo ser um momento passageiro ou tornar-se um hábito de comportamento.
A ansiedade não é um mal dos nossos tempos. Na época de Jesus as pessoas também se preocupavam com seus afazeres, transformando tais preocupações em ansiosas aflições pois a manutenção da vida material era muito difícil. A alimentação e a vestimenta eram tarefas trabalhosas pela total ausência das tecnologias que hoje tanto facilitam nossa subsistência.
Jesus tenta mostrar que aqueles que se rendem à ansiedade sofrem, na verdade, de um outro mal: a falta de confiança na Providência Divina. Ele nos convida, de forma intensamente poética, a observarmos as lições que a própria natureza nos oferece, natureza essa que era farta e abundante na Galiléia:
Jesus tenta mostrar que aqueles que se rendem à ansiedade sofrem, na verdade, de um outro mal: a falta de confiança na Providência Divina. Ele nos convida, de forma intensamente poética, a observarmos as lições que a própria natureza nos oferece, natureza essa que era farta e abundante na Galiléia:
- As aves do céu - elas não semeiam, não fazem colheitas, não armazenam nos celeiros. Mas também, não param de trabalhar, em busca de seu alimento. E Deus as direciona de maneira que o alimento não lhes falte. Fazem a sua parte; Deus faz a Dele.
- Os lírios do campo - as flores do campo eram consideradas sem valor. Eram colhidas e depois de secas serviam para alimentar o fogo pois havia pouca lenha na Galiléia. As flores do campo, mesmo destinadas à destruição, não deixavam de contribuir com sua tarefa, exibindo sua beleza, perfumes e cores concedidas por Deus.
E Jesus indaga então, aos que o ouviam, se por acaso eles não seriam mais importantes para Deus do que as aves do céu e as flores do campo.
Com essas observações e comparações Jesus nos convida a fazermos uma avaliação do nível de nossa confiança na Providência Divina. Ensina também que poderemos contar sempre com essa Providência desde que, por nossa vez, façamos a nossa parte. E, com esse vínculo de confiança em Deus, poderemos então nos dedicar, mais intensamente, ao conhecimento e prática deu Seus Ensinamentos.
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O Mar da Galiléia foi o tema de um documentário exibido pela Globo News. Caso tenha interesse em assistir ao vídeo, para conhecer um pouco mais sobre essa região, clique aqui.
(Tema apresentado na reunião pública do dia 14 de fevereiro de 2011)
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