Quando tinha 21 anos, o médium Francisco Cândido Xavier foi apresentado a um escritor mineiro que leu as poesias psicografadas e comentou que Chico não passava de uma besta. Um amigo do médium o defendeu, dizendo que ele se dedicava ao estudo do Espiritismo. O escritor comentou então que ele seria então uma besta espírita. Esse é um dos muitos lindos casos que Chico Xavier nos deixou e nos quais encontramos lições profundas.
Muitos anos depois, mais amadurecido e experimentado no trato com as pessoas, ao se lembrar desse caso costumava fazer um trocadilho sobre a "besta espírita". Aliás, Chico Xavier utilizava muitos trocadilhos como uma forma didática e bem humorada de transmitir profundas lições de vida. No caso em questão ele disse:
- "Posso até ser uma besta espírita. O que eu não devo, de modo algum, é ser um espírita besta."
Analisando essa frase encontramos a oportunidade de verificar nossa posição diante do Espiritismo, apesar das imperfeições que ainda nos caracterizam.
Podemos aproveitar esse trocadilho para fazer uma experiência, substituindo a palavra "besta" por algum defeito ou tendência negativa que ainda não conseguimos eliminar. Repetindo a frase com o defeito escolhido, poderemos sentir em que momento estamos: como imperfeitos tentando nos melhorar por sermos espíritas (ou cristãos, o que dá no mesmo) ou se nos dizemos espíritas (ou cristãos) mas sem conseguir melhorar nossos defeitos ainda.
Veja alguns exemplos para perceber a grande diferença:
- "Posso até ser um intolerante espírita. O que eu não devo, de modo algum, é ser um espírita intolerante."
- "Posso até ser um nervoso espírita. O que eu não devo, de modo algum, é ser um espírita nervoso."
- "Posso até ser um preguiço espírita. O que eu não devo, de modo algum, é ser um espírita preguiçoso."
- "Posso até ser um ansioso espírita. O que eu não devo, de modo algum, é ser um espírita ansioso."
Vale a pena conhecer esse lindo caso de Chico Xavier. Clique aqui e leia!
(Tema apresentado na reunião pública do dia 31 de janeiro de 2011)
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