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segunda-feira, 2 de abril de 2012

Chico Xavier e o sentido da missão, da doação e da aceitação

Em 2 de abril de 1910 renascia, no Brasil, Francisco Cândido Xavier. Vinha com uma tarefa: auxiliar na divulgação do Espiritismo, tendo por base o livro espírita. Sua missão, doação e aceitação, fizeram dele um ser único.
O sentido da missão - Do início ao fim de sua trajetória, possuía a certeza de que tinha uma missão a cumprir. Sua fé nessa missão era tanta que ele abriu mão de tudo para se dedicar a divulgar a Doutrina Espírita e difundir a prática da caridade no Brasil. O mais difícil foi abrir mão da própria privacidade, mas ele foi em frente, cada vez mais exposto, atacado e criticado a cada livro. Tinha uma meta a cumprir. Um cronograma rígido determinado a ele pelo Guia Emmanuel. Trinta livros para começar. Cinqüenta, cem livros; livros para sempre, até o fim. Emmanuel era quem anunciava as metas de cada etapa; cabia a ele cumprir a programação, traçada em outros planos invisíveis. De olhos fechados, em transes testemunhados por multidões, ele passava para o papel, em velocidade vertiginosa, crônicas, romances, cartas, todos assinados por mortos ilustres ou desconhecidos. Escrita automática? Plágio? Auto-sugestão? Intercâmbio mediúnico? Ele ia em frente, imune às dúvidas, movido por uma fé inabalável.
O sentido da doação – Exercitado ao longo de sua vida, doava-se aos outros sem esperar nada em troca - a receita evangélica. Ele foi além. Doava seu tempo, sua energia, sua paciência todos os dias e, muitas vezes, recebia em troca desaforos, ataques, insultos. Sofreu três atentados (a faca, revólver, veneno), teve o rosto atingido por tapas e cuspe, e foi em frente. Quando ia receber títulos de cidadania em solenidades, era acusado de vaidoso. Quando dava entrevistas para a televisão, era criticado pelo exibicionismo. Quando recusava doações generosas, era censurado pela falta de educação ou gratidão. Quando se definia como “Cisco Xavier”, era condenado pela falsa modéstia. Quando promovia mutirões e campanhas de doação, era taxado de assistencialista. Aos que anunciavam sua queda, abatido pela vaidade ou ambição, ele respondia: - Não vou cair porque nunca me levantei.
O sentido da aceitação – Atormentado pela angina, castigado pela catarata, abalado por sucessivas crises de pneumonia, continuou a trabalhar sem descanso, até o fim, quase sem queixas. De vez em quando, já no final da vida, ele se permitia desabafos discretos. Exercitou, ao máximo, além dos próprios limites, o sentido da aceitação. Ele não só aceitava as dores, doenças e obstáculos da vida, como agradecia por eles. O sofrimento era uma “benção”, o caminho mais curto para resgatar dívidas passadas, aprender, evoluir. Os amigos de carne e osso estranhavam a omissão dos “amigos espirituais” de Chico. Onde estava o Espírito do Dr. Bezerra de Menezes, o “médico dos pobres”, tão atuante nos Centros do país? Por que ele não aliviava as dores de seu maior aliado no Brasil? Chico batia na mesma tecla: não podia aceitar privilégios, mas nem todo mundo aceitava ou acreditava nessa explicação.


(Extraído do livro "As lições de Chico Xavier"  -  autor: Marcel Souto Maior)

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