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quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Espíritos protetores: qual a principal tarefa que têm junto a nós?

O Espiritismo é uma doutrina de aspecto fundamentalmente consolador. E um dos fatos que se enquadra nesse aspecto consiste na tarefa dos Espíritos Protetores em relação a nós.
Sobre esse tema, Allan Kardec nos esclarece, em sua obra "O Evangelho segundo o Espiritismo" (Cap. 28, item 11) que "Todos nós temos um Bom Espírito, ligado a nós desde o nascimento, que nos tomou sob a sua proteção. Cumpre junto de nós a missão de um pai junto ao filho: a de nos conduzir no caminho do bem e do progresso, através das provas da vida."
Esse Espírito é sempre de natureza superior e podemos chamá-lo de Anjo da Guarda ou Anjo Guardião. É ele o responsável, perante Deus, por nossa atual existência e, talvez, também, por nossas existências anteriores. O seu nome pouco importa mesmo porque, na atual existência, não guardamos a recordação de nossa ligação com nosso Anjo Guardião.
Além do nosso Anjo Guardião, temos também Espíritos Protetores que nos assistem. Embora sejam menos elevados, não deixam de ser bons e generosos. Geralmente são espíritos de parentes ou amigos, que continuam se interessando por nós, mesmo após terem regressado ao mundo espiritual. Podem também ser espíritos amigos de outras existências que ainda não reencarnaram e que continuam nos auxiliando.
Kardec também nos esclarece que, além do nosso anjo guardião e dos espíritos bondosos que nos assistem, temos igualmente espíritos simpáticos que se ligam a nós pela semelhança de gostos e tendências. Esses podem ser de natureza boa ou má. É assim que tanto podem nos auxiliar quanto nos prejudicar. Se forem bons, irão nos auxiliar nas atividades com as quais se identificam conosco; se forem de natureza má, tentarão nos seduzir com a intenção de nos afastar do caminho do bem, aproveitando-se de nossas fraquezas. Cabe a nós, mudando nossa maneira de ser, afastar esse tipo de influência em nossa vida.
Seja nosso anjo guardião ou os espíritos bondosos que nos assistem, eles não podem afastar de nós as provas pelas quais precisamos passar para nos equilibrarmos perante as leis de Deus, perante o próximo e perante nós mesmos. Eles não são nossas "babás" e não poderão alterar os desígnios divinos a nosso respeito. A tarefa deles consiste em nos incentivar a coragem e a resignação diante de nossas dificuldades. Vibram com nossas conquistas espirituais e se entristecem quando nos entregamos ao desânimo e à revolta.
Mas, a tarefa principal dos espíritos benfeitores junto a nós consiste em nos encaminhar ao conhecimento das leis divinas, aos ensinamentos de Jesus e à existência do mundo espiritual. Essa tarefa visa a eternidade e não apenas uma existência passageira no mundo material. Desejam, acima de tudo, mostrar, a todos, a felicidade que espera aqueles que conseguiram cumprir o seu dever, mesmo com sacrifícios; igualmente, desejam nos advertir sobre a tormenta moral daqueles que se desviaram de seus compromissos, acusados pela própria consciência.
Finalizando o tema, Kardec ainda nos orienta de que podemos orar ao nosso anjo guardião e aos espíritos bondosos que nos assistem para "solicitar a sua intervenção junto a Deus, pedir-lhes a força de que necessitamos para resistir às más sugestões, e a sua assistência, para enfrentarmos as necessidades da vida."
No livro "O Evangelho segundo o Espiritismo", Kardec nos apresenta três exemplos de como orar ao nosso anjo guardião e aos nossos espíritos protetores (capítulo 28, itens 12, 13 e 14). Você poderá ouví-las no vídeo abaixo:

(Tema apresentado na reunião pública do dia 22 de novembro de 2010)

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