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quarta-feira, 3 de novembro de 2010

O governo dos melhores: a visão de Allan Kardec

Fonte: Jornal Correio Espírita

No livro “Obras Póstumas”, encontra-se um artigo escrito por Allan Kardec, cujo título é “Aristocracia”. Essa palavra vem do grego: aristos – o melhor, kratos – poder. Dessa forma, aristocracia significa, literalmente, “governo dos melhores”. Embora seu sentido inicial tenha sido deturpado ao longo dos tempos, Kardec faz uma dissertação a respeito do assunto, relacionando os diversos tipos de aristocracias pela qual a humanidade vem passando, desde as épocas mais primitivas. Diz ele que todas tiveram sua razão de ser e que o ser humano tem necessidade de liderança, desde os mais primitivos até os mais civilizados:

1. Aristocracia patriarcal: os mais velhos (patriarcas) acumulam uma soma maior de experiências, sabem nortear uma sociedade. Com o passar do tempo, os grupos maiores começaram a dominar os menores.

2. Aristocracia da força bruta: formaram-se exércitos de mil homens (milícias), muitos deles mercenários. Tomavam posse do poder e passavam esse poder aos descendentes.

3. Aristocracia do nascimento: o nome da família dava um poder aos nem sempre capacitados para o mesmo; essas pessoas postavam-se como divindades, filhos dos deuses; surgem os grandes líderes pelo nascimento e casamentos entre famílias.

4. Aristocracia do dinheiro: nasce a sociedade feudal: quanto mais escravos, mais dinheiro. Gastavam muito e precisavam de alguém para ajudar a administrar suas posses. Passaram então a financiar pessoas mais capacitadas que eles, vindas das famílias mais pobres, para que multiplicassem suas riquezas. Surge então um desenvolvimento intelectual no qual os mais pobres se tornaram famosos por sua intelectualidade. Mas o dinheiro somente não ajuda o progresso social, assim como somente a inteligência não é condição fundamental para governar uma sociedade com sucesso.

5. Aristocracia intelecto-moral: em relação a esse tipo diz ele: “A inteligência nem sempre constitui penhor de moralidade e o homem mais inteligente pode fazer péssimo uso de suas faculdades. Doutro lado, a moralidade, isolada, pode, muita vez, ser incapaz. (...) Será essa a última aristocracia, a que se apresentará como conseqüência, ou, antes, como sinal do advento do reinado do bem na Terra. Ela se erguerá muito naturalmente pela força mesma das coisas. Quando os homens de tal categoria forem bastante numerosos para formarem uma maioria imponente, a massa lhe confiará seus interesses.”
(Livro: Obras Póstumas - Allan Kardec)

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