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sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A questão da crença e da confiança em Deus

Em nossas reuniões de assistência espiritual direcionada para Espíritos necessitados de auxílio, que sofrem e fazem sofrer, notamos que muitos deles sequer conseguem pronunciar o nome de Deus ou apresentam muita dificuldade para isso.
Quando questionamos – “Você acredita em Deus?” – alguns dizem que não. Entre os que acreditam, alguns dizem que não consideram necessário pensar no assunto e outros afirmam que, embora acreditem, não cultivaram essa crença ou simplesmente não a utilizaram em benefício próprio.
A crença e a compreensão de um Ser Único, soberano e justo, estão relacionadas com o grau de evolução espiritual de cada criatura.
Foi pelo povo hebreu que recebemos a crença em um Deus único. Naqueles tempos, os povos pagãos cultivavam a crença em vários deuses, cada qual com suas características, seus rituais e oferendas. Moisés e os antigos profetas apresentaram um Deus rigoroso e justiceiro, que deveria ser respeitado e temido. Era uma forma de disciplinar um povo ainda primitivo em suas aspirações. Esse Ser poderia castigar uma criatura, um povo e até uma nação, se caíssem em pecado; dessa forma, todo sofrimento significava um castigo divino. O fato principal, naqueles tempos remotos, era crer na existência desse Ser Único e poderoso, em contraposição aos inúmeros deuses dos pagãos.
Com a vinda de Jesus, esse Ser Supremo foi apresentado como um Pai amoroso, justo e bom. Era a noção que os judeus daquela época necessitavam já que muito sofriam devido ao domínio exercido pelos romanos e a compreensão ainda limitada sobre a Divindade. Jesus lhes mostra que esse Pai deve ser amado com todas as forças do nosso coração. Ensinava assim as primeiras noções de crença e confiança na Providência Divina. Com essa noção mais evoluída sobre a Divindade, o sofrimento deixou de representar um castigo, sendo apresentado como o caminho para a aquisição da felicidade eterna e devendo ser aceito com humildade e resignação. Na oração do Pai Nosso, Jesus nos ensinou a louvar a Deus, de uma forma simples e bela: “Pai Nosso que estais nos Céus, santificado seja o Vosso Nome!”
Com o passar dos séculos, a humanidade, mais amadurecida, passou a questionar esse Ser, que, infelizmente, voltou a ser mostrado como um Pai rigoroso que deveria ser temido. Mentes mais evoluídas faziam indagações para as quais as crenças tradicionais não tinham respostas, o que contribuiu para que muitos deixassem de crer na existência de Deus, tornando-se ateus e materialistas.
Com o advento do Espiritismo, a humanidade estava apta a dar mais um passo na compreensão da Divindade Suprema. Allan Kardec, ao organizar os ensinamentos dos Espíritos Superiores que o assistiam na implantação da Doutrina Espírita, inicia sua obra “O Livro dos Espíritos” com uma pergunta incrivelmente sábia:
1. Que é Deus?
Notemos que Kardec não perguntou “Quem é Deus” (não personificou esse Ser Supremo) e nem “O que é Deus” (nem o considerou como objeto). E a resposta, simples e profunda:
Resposta: Deus é a inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas.
Mais adiante, no mesmo Capítulo 1, da Primeira Parte, itens 10 a 13, estudando os atributos da Divindade, Kardec relaciona alguns dos atributos divinos – aqueles que temos melhores condições de compreender – explicando-os de forma racional e clara: Deus é eterno, imutável, imaterial, único, todo-poderoso, soberanamente justo e bom.
Não basta crer em Deus. É preciso confiar n’Ele. Não basta confiar em Deus. É preciso amá-Lo. E não basta amá-Lo. É preciso compreendê-Lo. E para compreendê-lo precisamos conhecer profundamente sua criação. Com esse conhecimento, nosso amor se expande, nossa confiança se amplia, nossa crença se estabelece em bases sólidas.

(Tema apresentado na reunião pública do dia 26 de setembro de 2011)

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

É possível fazer acordos com Espíritos inferiores?

É muito comum as pessoas atribuírem seus insucessos à ação oculta de alguém que lhes deseja o mal. Costumam dizer que são vítimas de “mau olhado”, de “trabalhos feitos”, etc, etc...
O mais curioso é que até mesmo aquelas pessoas que não acreditam na existência dos Espíritos, que não aceitam a interferência deles em nossas ações, sobretudo em nossos pensamentos, julgam que podem ser vitimadas por essas influências negativas, vindas de alguém que lhes deseja prejudicar de alguma forma. Outras, então, têm o hábito de procurarem pessoas que fazem esses tipos de “acordos”, com o objetivo de se livrarem dessas influências ou de se protegerem contra elas.
É preciso ressaltar que a mediunidade e o intercâmbio com os Espíritos não são propriedades do Espiritismo; são fenômenos naturais a que todos estão sujeitos. Existem muitas seitas que utilizam, em seus rituais, a comunicação com os Espíritos, infelizmente, nem sempre com propósitos dignos. Incorporaram-se a essas crenças, os rituais afro-indígenas, tão facilmente assimilados pelas mentes sugestionáveis.
Sobre esses fatos, na questão 549 de “O Livro dos Espíritos”, Allan Kardec faz a seguinte pergunta aos Espíritos Superiores:
549 – Há alguma coisa de verdadeiro nos pactos com os maus Espíritos?
Resposta: – “Não, não há pactos, mas uma natureza má simpatiza com Espíritos maus. Por exemplo: queres atormentar o teu vizinho e não sabes como fazê-lo; chamas então os Espíritos inferiores que, como tu, só querem o mal; e para te ajudar querem que também os sirvas nos seus maus desígnios. Mas disto não se segue que o teu vizinho não possa se livrar deles, por uma conjuração contrária ou pela sua própria vontade. Aquele que deseja cometer uma ação má, pelo simples fato de o querer chama em seu auxílio os maus Espíritos, ficando obrigado a serví-los como eles o auxiliam, pois eles também necessitam dele para o mal que desejam fazer. É somente nisso que consiste o pacto. A dependência em que o homem se encontra, algumas vezes, dos Espíritos inferiores, provém da sua entrega aos maus pensamentos que eles lhe sugerem, e não de qualquer espécie de estipulações feitas entre eles. O pacto, no sentido comum atribuído a essa palavra, é uma alegoria que figura uma natureza má simpatizando com Espíritos malfazejos.”
Notemos que, nessa pergunta, Kardec desejava saber se era possível algum tipo de associação entre uma pessoa e um Espírito, ambos devotados ao mal, unidos com o mesmo propósito de prejudicar alguém. E a resposta é muito clara: é possível, sim. Mas essa associação acontece pela comunhão de pensamentos voltados para a prática do mal. Não existe um acordo formal, propriamente dito, mas uma união de intenções.
Os Benfeitores Espirituais igualmente alertam para uma conseqüência grave dessas associações: os Espíritos inferiores também se utilizarão da pessoa a quem se associaram, espiritualmente falando, para poderem realizar seus objetivos de natureza inferior, sempre ligados a extensão do mal, contra alguém, contra uma coletividade ou, até mesmo, contra uma idéia. Geralmente, Espíritos dessa natureza fazem parte de grandes organizações no plano espiritual inferior, estruturadas para a prática do mal.
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O livro “Libertação”, de autoria do Espírito André Luiz, pela psicografia de Francisco Cândido Xavier, aborda essa questão. É uma leitura necessária, principalmente para aqueles que atuam em tarefas de desobsessão, para se conhecer de que maneira essas organizações atuam no plano físico, influenciando pessoas e/ou instituições e, igualmente, o quanto é longo e delicado o processo de recuperação desses Espíritos.
Em emocionante narrativa, André Luiz destaca o trabalho dos Espíritos Superiores no esforço de conversão ao bem do Espírito Gregório, que culmina com o inesquecível reencontro com sua mãe, Espírito de escol, rendendo-se ao chamamento irresistível do Amor. Propicia também o conhecimento dos processos da ação dos Espíritos infelizes, procurando envolver os homens em seus procedimentos. O autor espiritual informa sobre a intercessão realizada pelos Espíritos Superiores em benefício dos homens, dando provas da misericórdia divina que concede a todos abençoada oportunidade de libertação pelo estudo, pelo trabalho, e pelo perseverante serviço na prática do bem.
Já na questão 551, Kardec faz outra pergunta sobre o mesmo assunto, porém com um enfoque diferente:
551 – “Um homem mau, com o auxílio de um mau Espírito que lhe for devotado, pode fazer o mal ao seu próximo?”
Resposta – Não, Deus não o permitiria.”
Essa resposta parece contradizer o que foi respondido na questão 549. No entanto, se na primeira o objetivo era saber se isso é possível, na questão 551 deseja-se saber se esse fato é permitido. E a conclusão: é possível, mas não é permitido. Perguntemos a um pai se ele permite que seus filhos se prejudiquem mutuamente. Ele responderá que não; no entanto, apesar da proibição, os filhos se desentendem. O mesmo acontece em relação a Deus, nosso Pai.
Devemos recorrer aos ensinamentos espíritas para melhor compreendermos como tratar essa questão, mesmo porque, normalmente encontramos muitas crendices e superstições em torno desse tema, sobretudo na maneira de nos guardarmos de tais influências.
Encontramos as orientações para essa questão em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no Capítulo 12, item 6, que aborda o tema: “Os inimigos desencarnados”:
“Antigamente, ofereciam-se sacrifícios sangrentos para apaziguar os deuses infernais, que nada mais eram do que os Espíritos maus. Aos deuses infernais sucederam os demônios, que são a mesma coisa. O Espiritismo vem provar que esses demônios não são mais do que as almas dos homens perversos, que ainda não se despojaram dos seus instintos materiais; que não se pode apaziguá-los senão pelo sacrifício dos maus sentimentos; ou seja, pela caridade; e que a caridade não tem apenas o efeito de impedi-los de fazer o mal, mas também de induzi-los ao caminho do bem e contribuir para a sua salvação.”

(Tema apresentado na reunião pública do dia 19 de setembro de 2011)

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A delicada questão do amor aos inimigos

Árvore: Jequitibá rosa com mais de 40 metros de altura e mais de 3000 anos de vida.
Foi no Sermão do Monte que Jesus tocou num ponto nevrálgico para os judeus: os inimigos.
“Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás ao teu inimigo. Mas eu vos digo: Amai os vossos inimigos, fazei bem ao que vos odeia e orai pelos que vos perseguem e caluniam, para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus, o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos.” 
Nos textos originais, em hebraico, a recomendação de Jesus é mais curta: “Amai os vossos inimigos e suplicai pelos que vos perseguem e caluniam.”
A questão dos inimigos era crítica para os judeus. Todos os não-judeus ou pagãos eram considerados como inimigos. Os judeus eram solidários apenas entre si e não estendiam os mesmos benefícios aos pagãos. Nos tempos de Jesus, o inimigo maior dos judeus eram os romanos, os quais eram odiados pelos judeus. Por sua vez, os romanos também não tinham melhores sentimentos para com os judeus. A hostilidade era recíproca propiciando um clima de revolta constante no ar.
- Tendes ouvido o que foi dito: Amarás o teu próximo e aborrecerás ao teu inimigo.
Todos os ensinamentos de Moisés e dos antigos profetas foram passados, de geração a geração, através da palavra falada, pois a grande maioria não sabia ler nem escrever e os livros eram raros. Por esse motivo é que Jesus, muitas vezes, usa essa expressão ‘Tendes ouvido’.
- Mas eu vos digo...
Ao usar essas palavras Jesus mostrava aos que o ouviam que, naquele momento, eles iriam ouvir novos e maiores ensinamentos; que as orientações que Ele trazia suplantavam as dos antigos profetas. Jesus usa essas palavras em várias passagens nos Evangelhos.
- Amai os vossos inimigos...
Jesus nunca nos pediu o impossível. Ao recomendar o amor aos inimigos Ele quis mostrar a necessidade de substituirmos sentimentos carregados de ódio por sentimentos mais amenos, onde a hostilidade fosse, aos poucos, substituída pela amizade sincera. É claro que, de um momento para outro, é quase impossível sentir amor por aqueles a quem sentimos ódio. A troca de afeição e confiança entre amigos sinceros alimentam a alma enquanto a simples aproximação de desafetos nos causa sensações de desconforto íntimo. Mas, ao recomendar o sentimento de amor aos inimigos, Jesus quis mostrar que devemos abrir nosso coração a eles assim como temos o coração constantemente aberto aos amigos; que não devemos oferecer resistência quando surjam ocasiões de auxiliá-los, de alguma forma; que não alimentemos sentimentos de hostilidade, quando nos seja possível oferecer a amizade sincera.
- ... suplicai pelos que vos perseguem e caluniam...
Aqui surge algo realmente novo: orar em favor daqueles que nos querem mal, que nos prejudicam de alguma forma, suplicando a Deus por eles, de modo que os sentimentos de agressividade sejam amenizados ou aplacados, que diminua a antipatia entre eles e nós. Em nossas preces normalmente rogamos apenas por aqueles a quem amamos; nunca mesmo por aqueles que consideramos nossos inimigos. Se existe uma recomendação de Jesus que não seguimos, é esta, orar por aqueles nos prejudicam de alguma forma.
- para serdes filhos de vosso Pai, que está nos céus...
Jesus afirma que somente amando nossos inimigos é que conseguiremos atingir a condição de ‘filhos’ de Deus. Ser considerado como ‘filho’ é um avanço espiritual; o filho é aquele que conhece a vontade de seu pai, é herdeiro de seus bens. Ser considerado como verdadeiro filho de Deus é receber, espiritualmente falando, Sua herança maior: a felicidade eterna. Ao colocar um prêmio tão alto como esse, Jesus destacou o quanto o amor é nobre ao ponto de necessitar ser estendido até aos nossos inimigos e/ou desafetos.
- o qual faz nascer o seu sol sobre bons e maus, e vir chuva sobre justos e injustos...
De forma poética Jesus mostra, aos que o ouviam, que Deus não faz distinção entre os homens. Que Deus cobre de oportunidades sublimes tanto os bons quanto os maus, tanto os justos como os injustos; mostra também que Deus tem, por aqueles que nos prejudicam, o mesmo amor e os mesmos cuidados que tem por nós. Nota-se também que Jesus não questiona se realmente somos as vítimas ou não, por quanto tempo nos sentimos prejudicados, se a razão está ou não do nosso lado. Ele apenas mostra o caminho correto a seguir se realmente desejamos alcançar a paz de consciência...
A Doutrina Espírita ampliou mais ainda esses ensinamentos de Jesus. Assim como o amor verdadeiro atravessa as fronteiras do túmulo, acontece o mesmo em relação ao ódio. Dessa forma, a hostilidade entre as pessoas pode permanecer no plano espiritual. O recurso utilizado para vencer essas situações é a reencarnação na qual aqueles que muito se odiaram renascem como parentes próximos, na tentativa de vencer a antiga animosidade. Muitos não conseguem vencer em tais circunstâncias, reincidindo nos mesmos erros e complicando ainda mais as antigas aversões.
Por isso é tão comum encontrarmos relacionamentos carregados de hostilidade entre pais e filhos, entre cônjuges, entre irmãos, colegas de trabalho, vizinhos, parentes próximos. Muitas pessoas dizem: ‘não me entendo com fulano desde quando éramos pequenos, ou desde quando nos conhecemos’. Isso significa que a animosidade já vem de outras existências e que a oportunidade da convivência atual foi dada com o objetivo de se harmonizarem.
Em relação à essa questão, o Espírito Fénelon nos deixou preciosa recomendação, que Kardec anotou em “O Evangelho segundo o Espiritismo”, no capítulo 12, item 10: “Não vos esqueçais, meus queridos filhos, de que o amor nos aproxima de Deus, e o ódio nos afasta d’Ele." E no capítulo 28, o qual contém uma coletânea de preces, há uma  belíssima prece dedicada aos nossos inimigos e aos que nos querem mal. Para conhecê-la clique aqui.
(Tema apresentado na reunião pública do dia 12 de setembro de 2011)

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Pensamento disciplinado: difícil e demorada conquista!


Na atualidade, não é mais novidade para nós o telefone celular, o controle remoto, os aparelhos eletroeletrônicos sem fio, a conexão à Internet wi-fi, o GPS, as comunicações via satélite, etc. Estamos tão habituados a essa tecnologia que elas nem chegam mais a causar tanto espanto... O que causa espanto, sobretudo nos meios de comunicação, seja via telefone celular ou via internet, é a velocidade com que elas acontecem.
No plano material não há nada que supere a velocidade da luz: 300 mil quilômetros por segundo! Não apenas a luz, mas toda onda eletromagnética, como as ondas de rádio e TV, as dos aparelhos celulares, dos controles remotos, etc. A velocidade dessas ondas é tão rápida que temos a impressão de que tudo funciona instantaneamente!
Mas, no plano espiritual, os Espíritos Superiores que orientaram Allan Kardec na elaboração do Espiritismo, afirmaram que há um fator mais rápido que a luz: o pensamento! Espíritos evoluídos deslocam-se de um mundo a outro apenas com a força do pensamento! Pensou, já está lá! E a comunicação entre eles acontece somente entre pensamentos, não havendo necessidade da palavra articulada...
Livro: No invisível
No plano material podemos expressar nossos pensamentos através da palavra falada ou escrita, através de sinais, da música, da arte, etc. Mas, no plano espiritual, não temos mais o corpo físico e como é o Espírito que pensa e não o cérebro – este é apenas o intermediário entre o espírito e o plano físico – não poderemos mais esconder o que realmente somos e o que verdadeiramente pensamos. E, o que é ainda mais comprometedor: basta pensarmos em algo ou em alguém para, instantaneamente, entramos em sintonia com o mesmo.
Já está comprovado e aceito no meio científico que o cérebro funciona como uma estação emissora e receptora de ondas eletromagnéticas; emitimos nossas próprias ondas, conforme a qualidade de nossos pensamentos, e igualmente recebemos as emissões das outras pessoas. Influenciamos e somos influenciados.
Assim como o som necessita de um meio material para se propagar, o pensamento também necessita de um elemento para se irradiar. Kardec denominou esse meio de “fluido cósmico universal”, que não podemos ver e, com muita dificuldade, compreender. Os cientistas denominam esse elemento de ‘matéria escura’, a qual entraria na constituição de todos os elementos do universo.
Em nosso nível evolutivo o que conseguimos compreender é que o pensamento é um atributo do Espírito que, mesmo desencarnado, continua pensando. Não deixamos nunca de pensar, pois o espírito está sempre vibrando e irradiando. O que acontece é que às vezes nosso pensamento vibra em baixa freqüência e, em outras vezes, em altas freqüências. Quando estamos estudando, meditando, orando ou com a atenção voltada para assuntos relacionados ao bem, nosso pensamento vibra em alta freqüência, podendo assim atingir pontos mais elevados, espiritualmente falando. Quando alimentamos pensamentos de tristeza, revolta, ciúme, inveja, desânimo, ou quando voltamos nossa atenção para assuntos relacionados à criminalidade, à violência, à sensualidade, ou a satisfação de prazeres exclusivamente materiais, vibramos em baixas freqüências, as quais não se expandem para pontos mais elevados. E é aí que está o perigo, pois, como nosso planeta ainda é de provas e expiações, onde o mal ainda predomina, com facilidade nos ‘conectamos’ aos planos inferiores da vida.
A qualidade de nossos pensamentos é que determina o nível de vibração e com isso influenciamos os que nos rodeiam, sejam encarnados ou desencarnados. E é por esse motivo que igualmente somos influenciados por pensamentos afins, isto é, por ondas que se ajustam às nossas. Pelo pensamento integramos nosso íntimo ao céu ou ao inferno...
Sem dúvida, é muito difícil disciplinar nossos pensamentos. Com a maior facilidade ele nos escapa! Quantas vezes pensamos numa coisa e falamos outra! Essa questão é tão grave que pelo pensamento podemos influenciar nossa própria saúde, física e mental!
Livro: No invisível
O que os benfeitores espirituais nos recomendam é a vigilância e a necessidade de adotarmos práticas de renovação mental em nossa vida, buscando a meditação e a oração, atitudes que ainda não conseguimos integrar em nossas atividades diárias.
Renovemos o pensamento e tudo se modificará conosco’ – é o que nos ensinam os Amigos Espirituais!
(Tema apresentado na reunião pública do dia 29 de agosto de 2011)